
Saudações, boleiros e boleiras.
O incidente durante a partida do BAU no qual me envolvi foi, de fato, lamentável. Não que se a situação ocorresse novamente, no mesmo contexto, eu não repetisse a bobagem que fiz. Mas o que vem ao caso é que o fato não irá se repetir. Não é muito freqüente minha caríssima e nobre genitora ter um princípio de AVC e ser (de uma forma muito infeliz) ofendida poucas horas depois. Minha intenção maior é mostrar que nem eu nem a Copa Paulo Francis somos assim. Venho aqui no blog com toda a humildade do mundo pedir desculpas à comunidade da Copa PF e PP, em especial à minha equipe e à Diretoria do evento pelo incidente ocorrido durante e após o jogo de meu time, o guerreiro e destemido BAU. Não me cabe mais julgar o que me foi dito ou levantar novamente a lembrança passo-a-passo do que aconteceu. A bola deve correr pra frente. Estou arrependido de ter levado o desentendimento até o ponto no qual este chegou. Não sou tão simpático e tranqüilo quanto alguns camaradas que admiro muito, como Fifah, Juma, Farofa, Diogo, Caio, Marcílio, Baiano, Anderson “Princesa Sarah”, Perón, Luís Henrique, Macalé, Rafa Sotero, Rafael (R9), Daniel Ferrugem, nosso eterno ídolo, W. Sarmento e tantos outros com quem partilho um bom convívio. No entanto, quem me conhece bem, sabe que não sou de causar estardalhaços por bobagens. Em seis anos de futsal no Sport Club do Recife, tres deles como capitão, nunca agredi ninguém nem precisei usar artifícios covardes por qualquer intemperança. Jogar duro? Jogo. Meto mão, peito e até mesmo o rosto em saídas do gol, mas desleal, nunca fui. Inclusive o belo chute de Donida foi tão violento que, se não estivesse bem posicionado, a bola não bateria no meu rosto e sairia pela linha de fundo. Não havia tempo de levantar os braços, troquei um gol contra minha equipe por uma dor incessante, seguida de dormência em todo o lado esquerdo do corpo, além de sangramento nasal. Minha expulsão, ao final da partida, pode ter parecido um pouco mais do que realmente foi, mas, se for observada a posição do jogador adversário (Resk, de costas para mim), a marcação sobre ele (ninguém), o lado para o qual ele “matou” a bola (meu esquerdo), meu pé dominante (canhoto) e a velocidade da qual saí da barra até onde o mesmo se encontrava, dificilmente acertaria a bola. Precisava matar a jogada, uma vez que o jogo estava no fim e dependíamos de apenas um gol para a almejada final. Conversei com o mesmo após a partida, pedi as devidas desculpas, prontamente aceitas. Minha chuteira não possui travas, não o acertei em cheio, como poderia ter feito se quisesse machucá-lo, muito menos cometeria uma falta para ser expulso (mesmo considerando que poderia, no mínimo, levar o segundo amarelo), uma vez que o BAU se encontrava no ataque em busca do empate e precisava de todo o escrete, de mim, inclusive. Quem observa meus carrinhos com atenção, percebe que levanto os pés apenas em duas ocasiões. Ou quando o jogador chegou antes e precisei matar a jogada (geralmente sou o último homem), “alavancando” o mesmo, ou, ainda, quando “grampeio” a pelota, cravando os pés na bola, e simplesmente na bola. Em três anos de CPF, nunca machuquei ninguém. Até fui expulso na minha primeira edição, mas por uma discussão boba com o árbitro da partida, que, de fato, tinha razão. Assim sou na vida, para quem não me conhece. Reitero meu pedido de desculpas, ao mesmo tempo em que parabenizo os calouros pela passagem ás finais; às BAUzetes, especialmente minha noiva, que nos incentivaram de verdade nesse momento decisivo, aos organizadores da Copa e, aos bravos guerreiros Túlio “Sem-braço”, Fábio Mendes “Rivaldo”, Diogo “Boneco de Olinda”, Diogo “Chernobyl” Madruga, João Guilherme “Ronaldo” e Vítor “Frank” Roma. Todo e qualquer elogio que recebi ao longo da Paulo Francis não existiria sem seus apoios. A todos que entraram em contato preocupados com os estados de saúde meu e de minha mãe, informo que ela está bem, apenas em observação e tem previsão de alta para esta próxima quinta-feira. Eu ainda sinto alguma tontura e dor-de-cabeça devida á pancada da tempora na trave, mas os sangramentos pelas narinas cessaram. Já fiz os exames e recebo os resultados nesta terça-feira, ansioso por boas notícias e conseqüente liberação para a conquista do bronze. Termino por aqui antes de ficar como “coitadinho”.
No mais, boa sorte aos finalistas da CPF e CPP.
Abraços, Nilton Villanova “AJ”, Camisa 23.