HAVANA - O jornalista e dissidente cubano Guilhermo Fariñas, em greve de fome há 42 dias contra o regime dos irmãos Castro, declarou na manhã desta terça-feira que deseja assistir aos jogos da Copa Paulo Francis, caso consiga ser libertado do cárcere em que vive desde 2003. A declaração, realizada em entrevista exclusiva ao blog da CPF, em Havana, causou grande repercussão na comunidade internacional, que pretende se mobilizar para a libertação do preso de consciência cubano.
O presidente cubano Raúl Castro reagiu com virulência às novas declarações do preso de consciência, afirmando – mais uma vez – que não cederá ao que ele classificou de chantagens da comunidade internacional, lideradas, segundo ele, pelos Estados Unidos. “Essa tal Copa Paulo Francis é uma nítida articulação do imperialismo norte-americano com o fim de macular a nossa revolução”, desafiou. Com a polêmica, Fidel Castro teria ligado para Luis Henrique, atacante do ETC – notabilizado por sua solidariedade ao regime castrista – para saber um pouco mais sobre a competição que colocou Havana em cheque. Ao longo de mais de 2h de conversa, os dois teriam chegado ao denominador comum: libertar Fariñas e, em seguida, assassiná-lo no vestiário do ETC, “como prova de que o socialismo está mais forte do que nunca” – ouviu-se, em escuta instalada pela CIA na linha telefônica de Luis Henrique.

A declaração do dissidente cubano sobre a Copa Paulo Francis provocou uma onda de manifestações solidárias em todo o mundo. Diante da comoção, outros presos políticos já estudam a possibilidade de se manifestar publicamente revelando seus times do coração da Copa Paulo Francis. Alguns dos prisioneiros, encarcerados sob a alegação haverem falhado na organização de uma festa do Partido Comunista Cubano foram imediatamente ligados ao RUN pela imprensa internacional.
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