Tromba Longa, o elefante viril

Aqueles com maior bagagem cultural provavelmente assistiram Street Fighter II Victory no SBT e sabem o quão árduo foi para Ryu dominar a arte do Hadouken. Nosso herói não só passou por inúmeras provações, como precisou se deslocar para a Índia a fim de aprimorar suas técnicas com o mestre Dhalsim. 

Após três anos seguidos vendo o caneco escapar da ponta dos dedos na Copa Paulo Francis, o time do RYU chegou a uma conclusão: não dava mais para continuar daquele jeito.  O escândalo do dossiê havia destroçado por completo a moral dos atletas cinzentos, além de qualquer possibilidade de uma vida pessoal ou profissional sem turbulências. Hedonismo desvairado, excesso de peso, envolvimento com travestis, alcoolismo, todos esses fantasmas continuavam a assombrar os street fighters dentro e fora de campo.

Recentemente chegou à mídia a repentina adesão do escrete cinzento ao ascetismo, mas a causa desse novo comportamento não só foi omitida, como encoberta por uma série de falsos rumores. Explico-lhes: Daniel Ferrugem jamais pisou em São Paulo, Xerife Peterson nem chegou a cogitar viajar para o Canadá, Rafael R9 Pata-de-Elefante Moura não sabe sequer onde fica a Europa, e pasmem: Matheus Rambo Vice-Presidente Geléia  nunca participou do Geléia. Durante todos esses meses de ausência, o plantel do RYU esteve, separadamente, treinando na Índia (Aaaaaron Neto-do-Vento Aquiles está inclusive cogitando morar lá alegando que fica mais perto da universidade).

Dhalsim e sua torcida de elefantes

Se ficaram de fato mais poderosos, só a Paulo Francis dirá. No entanto, durante essa temporada de aprimoramento no exterior, fizeram uma curiosa aquisição. Rafael Pata-de-Elefante explica: “Para mim, torcida sempre foi um grupo de mulheres histéricas com as quais eu faria sexo grupal assim que o jogo acabasse. Mas lá na Índia era diferente. Quando os indianos lutavam, a torcida era formada por elefantes, e eles consideravam aqueles animais sagrados”. 

Naquelas circunstâncias, um elefante em especial chamou a atenção do atacante matador. "De repente, um deles começou a me seguir pra todos os lugares que eu ia pra me assistir jogar", lembrou com olhos sonhadores. Diferente das torcedoras que só queriam transar com o diretor de logística sonora da CPF para contar às amigas,  o elefante era um amigo que realmente se importava com Rafael. "Ele ficava devastado com as minhas derrotas e eufórico com as minhas vitórias. Quando dei por mim, já havia voltado ao peso ideal e estava marcando o triplo de gols. Encontrei uma verdadeira motivação para ganhar", concluiu R9, que não resistiu e acabou trazendo o animal com ele na volta ao Brasil.

Essa bela história, meus amigos, só serve para corroborar ainda mais a tradição pioneira do RYU.  Em 2008, foram os primeiros calouros a receber o prêmio de melhor festa de abertura. No ano seguinte, o primeiro time a receber o título de Bróder Paulo Francis. Como se não bastasse, este ano o RYU se sagra como primeiro escrete jornalístico a ter um mascote oficial, que estará presente em todas as partidas de agora em diante para apoiar a equipe. Sem mais delongas, apresento-lhes : TROMBA LONGA, O ELEFANTE VIRIL!

 Falta pouco...