sábado, 28 de abril de 2012

Faltam sete dias

CQC na CPF


A fama da CPF corre pelos quatro cantos do mundo e está nos corações e bocas das semi-celebridades do Brasil. A equipe etílico-jornalística  da Copa estava dando um rolê pelo Festival do Audiovisual Cine PE quando foi abordada por um charmoso rapaz de terno. Era Rafael Cortez, repórter do CQC, querendo dar um recado à nação CPFiana. Segue abaixo o diálogo na íntegra:

- Vocês são das Copas Paulo Francis e Patrícia Poeta? Nossa, eu e o Tas adoramos o blog, assistimos a todos os vídeos. Inclusive, a gente queria saber se não dá pra participar da Copa...
- Rafael, que prazer ouvir isso, mas, infelizmente, a Copa é exclusiva para os alunos de jornalismo, já passou tua fase... Mas se quiser, pode ir pras festinhas.
- Poxa, que pena. Vou tentar ir para as festinhas. Inclusive, já falamos com a BAND para fazer a cobertura do tapete vermelho, já que a Globo tem o direito de imagem dos jogos... Agora, posso mandar um recado pra galera então? Vou mandar um abraço geral para não gerar discórdias, mas eu preciso confessar que o meu time favorito é o RYU. Aquilo ali é futebol-arte!  Tatuei um elefante na virilha em homenagem a eles, mas mostro em outra ocasião.


Mais tarde, Rafael foi visto flertando com algumas gatinhas da Patrícia Poeta na laje do Edifício Tebas. Uma delas não quis se identificar, mas garantiu que a tatuagem de elefante não é lenda.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O reforço dos rosas



Para aqueles que guardaram na memória uma imagem de um FDM com, digamos ,dificuldade de marcar gols em 2011, eis que esse ano o time masculino promete uma reviravolta impressionante. O reforço do time rosa vem diretamente do Rio de Janeiro pra jogar na CPF. ÉÉÉ ,companheiros, o novo contratado foi cedido por empréstimo pelo todo-poderoso Flamengo e promete marcar muitos gols na Copa Paulo Francis.



Ele foi convocado pelo capitão Márlon - de quem é amigo íntimo - para jogar o melhor campeonato de futebol da galáxia. Muito feliz com o convite, Pedro Paulo Catonho  diz estar muito contente e realizado por estar participando pela primeira vez desse evento grandioso que é a Copa Paulo Francis.

PPC diz estar aproveitando esse pouco tempo que ainda nos resta até a chegada da CPF para treinar com muita dedicação. Ele também  garante que sua passagem por alguns dos  times mais importantes do país (ex.:  Sport ,Corinthians e Flamengo) não foram em vão, e que junto com Júlio “El emperador gordito” formará  a melhor dupla de  ataque já vista na história da CPF.

Aguardem!!



Faltam nove dias

Paulo Francis entrevista... Rafael Moura, o Pata-de-Elefante.




Paulo Francis está entre nós para uma série de entrevistas curtas, lisérgicas e impactantes, desnudando ao público as enigmáticas personalidades da Copa. A entrevista de abertura não poderia deixar de ser com um dos, talvez, mais discretos e reservados personagens da competição. R9 se abre inteiro para os petardos verbais de Francis. Confira.

Rafael, o R9, o Pata de Elefante. Primeiro de tudo, obrigado pela oportunidade da conversa. Vamos logo ao que interessa: por que a imagética do elefante? Por que tão nobre animal?

Olá, Paulo, eu que agradeço. Olha, Paulo, boa pergunta. O primeiro impulso da maioria das pessoas é associar o elefante em minha perna a uma referência dimensional fálica. Eles não estariam errados, confesso. É tudo isso mesmo. Mas não para por aí, não. Poucos sabem, e não fico alardeando, mas cresci na Índia, em meio àquela pluralidade incrível de divindades e práticas pouco conhecidas pelo mundo ocidental. Sempre fui discreto e de poucas palavras, e lá não era diferente. Fui criado entre elefantes, e um deles, em especial, o Márcio, tornou-se meu melhor amigo, minha única companhia. Márcio foi morto por caçadores (se permite uma pausa, a voz embargada). Vim para o Brasil, com a chance que o RYU me deu, e a tatuagem foi uma tentativa de eternizá-lo em cada um dos gols que faço. Há dias em que me comunico somente com Tromba Longa, mascote do RYU, pois sinto que Márcio ainda vive, através dele. Não quero mais falar sobre esse assunto (ajeita-se na poltrona, os olhos marejados).

"Vou mostrar quem sou em 2012"
Naturalmente, naturalmente... falemos sobre assuntos mais terrenos, seculares, digamos, extrovertidos. É sabida sua longa relação de amizade e afeto com seu companheiro de time Aaron. É notória, contudo, a ligação, dentro das quatro linhas, que você estabeleceu com Ferrugem, com quem, juntos, marcou a maioria dos gols do RYU. Fale um pouco sobre a relação entre os companheiros de time.

Se me permite a metáfora, Paulo, Aaron seria o amor, Daniel seria o sexo. É aquela velha oposição entre o constante e o efêmero, o etéreo e o físico, entre o passe e o gol. Na verdade, é tangível o afeto, o laço até carnal existente entre todos os membros do RYU, isso se vê dentre as quatro linhas, na torcida e nos vestiários. É tudo muito carnal.

Nota-se, nota-se. Por fim, Rafael, uma pergunta caprichosa, maliciosa... como anda sua relação com o álcool, a caninha, o goró, a chupeta, o gagau, o lambreu, musa líquida, cervejola, se você me entende, com as bebidinhas em geral?

Bom você ter perguntado, Paulo, e quero aproveitar pra deixar essa questão bem clara. Estou limpo faz três dias, deixei de beber e me sinto renovado. Vi o fim da linha, Paulo. Acima do peso, me envolvendo com o que há de mais baixo na sociedade, acordando para me ver impresso em blogs e revistas em situações das quais mal me lembrava. Meu futebol, Paulo, que é o que eu mais prezo, estava prejudicado. Não podia continuar daquele jeito. O apelido de "Adriano do RYU" me pesava. Parei. Faz três dias que parei, para os que duvidavam. E vou mostrar quem sou na CPF 2012. 

"É tudo muito carnal"



Não percam, em breve, mais uma incursão paulofranciana no mundo dos vivos, para debulhar, desmiuçar, outra celebridade, dessa vez, de uma estrela do esquete laranjada, o RUN. Quem será o contemplado? Acompanhem aqui no blog. 




A Voz do Povo é o que Vale

É de conhecimento de todos que o Dez Por Cento, mais conhecido como DPC, tem a melhor campanha publicitária de todos os campeonatos futebolísticos e/ou jornalísticos do universo. Ou, se preferirem, a melhor campanha publicitária da Copa Paulo Francis, o que dá no mesmo.

Em 2012 não poderia ser diferente. Continuamos com a nossa campanha "A voz do Povo é o que Vale" para mostrar ao mundo o peso da nação roxa.

 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Máximas

Das coisas menos importantes da vida, o futebol é a mais importante.

Das coisas menos importantes do futebol, a Copa Paulo Francis é a mais importante.

A Copa Paulo Francis está para o futebol como o futebol está para a vida.

Por que entendo Schweinsteiger

Schweinsteiger, no centro, é abraçado pelos companheiros
Escrevo este texto recém-impactado pelo grande jogo entre Real Madri e Bayern de Munique, que garantiu, nesta quarta-feira, uma vaga na final da Champions League 2012 para o time alemão. Quando vi Schweinsteiger (do Bayern) ajeitar a bola para cobrar o pênalti decisivo fui imediatamente transportado para o dia 5 de junho de 2010.

O Clube Líbano estava em polvorosa. Eu estava atrás da bola e faria a última das cinco cobranças do PDF na decisão do 3º lugar da Copa Paulo Francis daquele ano. A disputa estava empatada em 3x3. Das cinco chances do RYU, eu, goleiro que era, havia defendido duas. Se fizesse o gol, na minha aventura como atacante, minha equipe conquistaria a segunda medalha de bronze na competição, um ano depois de ganhar o primeiro título e em circunstâncias épicas (volto a isso em alguns parágrafos).

Acabo de ver Schweinsteiger comemorando depois de marcar, correndo feito um louco pelo gramado do histórico estádio Santiago Bernabéu, em Madri. Dentes a mostra, felicidade estampada no rosto, ele é abraçado pelos companheiros de time. Do seu pé saiu a bola que levou à loucura milhares de torcedores e mais: deu ao Bayern a chance de ganhar o título de clubes mais desejado da Europa dentro de casa, na Allianz Arena, em Munique.

Entendo Schweinsteiger. Naquele 5 de junho eu fiz o gol. A bola passou com força à esquerda do goleiro Davi e estufou as redes. Gritei o grito dos campeões, mesmo sem sê-lo, naquela ocasião. Sorriso à mostra, fui, tal qual o jogador alemão, abraçado por meus amigos e parceiros do PDF. A parte da nossa torcida que ali estava explodiu de alegria. Os torcedores do RYU, que estavam em maioria absoluta, assim como os do Real Madri nesta quarta, se calaram. Aquela foi uma noite memorável no Recife.



Mas este não é, como pode estar parecendo, um texto auto-contemplativo. O importante nesta história não é o fato de eu ou qualquer pessoa termos conquistado glórias individuais. Quero falar justamente da importância do contexto, do porquê de tanta alegria. Quero, no fim das contas, homenagear a CPF, como carinhosamente chamamos o campeonato de futebol jornalístico em linha reta mais importante dos últimos dez anos na América Latina em todo o mundo.

Schweinsteiger é um atleta de alto nível. Aos 27 anos, está acostumado a jogar em grandes competições, tanto com o Bayern de Munique quanto com a seleção alemã, pela qual já disputou 90 partidas. Cinco vezes campeão alemão e com duas Copas do Mundo no currículo, tem, certamente, noção da importância dos torneios que disputa. E mostra isso em campo. Entrega-se, mostra-se incansável.

Quando entrei em campo pelo PDF pela primeira vez, no dia 17 de abril de 2007, era um estudante de jornalismo recém-chegado ao Recife e um tanto quanto fora de forma (bem menos que agora, é bem verdade). Gostava de futebol, mas não podia dizer, sob pena de perjúrio, que era minimamente bom no esporte bretão. Mas a Paulo Francis tornou-se minha Copa do Mundo. Minha Champions League. Por causa da Copa, eu me tornei um pouco Schweinsteiger.

Apesar - e até mesmo por causa - de toda a gréia que envolvia a Copa, via nos olhos dos jogadores dos outros times - PIA, MAA, VTU, ETC e BAU, vale a pena citar - uma garra contagiante. Ainda que sob o efeito de incontáveis cervejas, alguns cigarros, noites viradas e otras cositas más, os futuros jornalistas entravam em campo sentindo-se Garrinchas, Maradonas, Zicos, Taffareis. Está aí o exemplo da Rainha Wagner Sarmento que não me deixa mentir. Para se ter uma ideia, foi com a singela afirmação "Eu sou Pelé" que ele começou o seu texto no Memória CPF 3. Somente.

A megalomania que nos acometeu ao longo de nove edições tem razão de ser. Somos grandes, sim. Você por acaso já ouviu falar em algum outro torneio universitário que mobilize tanta gente, gere tanta repercussão ao longo de seis semanas (considerando apenas o tempo de duração da copa) e faça com que vários participantes, anos depois da aposentadoria, vibrem com a possibilidade de voltar a jogar?

Voltemos, pois, ao jogo que culminou na cobrança de pênaltis. Aquela era uma partida atípica. O RYU, que nunca havia vencido o PDF em três anos, estava goleando a equipe esmeraldina por 3x0. Já estávamos no segundo tempo. E aí entrou em campo a tal da motivação, tão falada e valorizada no mundo do futebol. O resultado, vocês devem imaginar. Empatamos. E por pouco não viramos. Quando todo um time se une e se motiva por alguma coisa daquela forma o natural é presumir que ela tenha alguma importância, não é?  É porque tem.

Arrisco dizer que, nesta quarta, em Madri, Schweinsteiger pode ter se sentido um pouco Gustavo. E me entendido.

Faltam 10 Dias

Quando a Copa Paulo Francis 2011 acabou, faltavam 326 dias para a próxima edição!
Agora, só faltam 10!

Vinheta CPF 8

terça-feira, 24 de abril de 2012

Almas vendidas: Dossiê DPC na Décima Copa Paulo Francis


Por Vinícius Sobreira

No ano em que acontece a décima edição da tão honrosa Copa Paulo Francis de Futebol-Arte e Cerveja Gelada, os números chamam a atenção. Como de costume, para o DPC - Dez Por Cento.

Há quem diga que a falta de motivos para se orgulhar leva os roxos dezporcentianos a apelarem para o ciganismo, misticismo e numerologia, na tentativa de trazer alguma confiança à equipe com pior média de aproveitamento da história da copa. Há quem diga também que está é a décima matéria em que os roxos falam de números.

Tudo isso porque a equipe roxa é a única na história de dez anos de CPF que carrega números em sua sigla. O número 10, símbolo maior do DPC, é ainda uma incógnita para os torcedores de todo o planeta. Nos bastidores, as suspeitas vão desde a reivindicação da classe estudantil universitária, que são os 10% do PIB para a educação. Falou-se também que fora uma ideia dos futuros jornalistas de economia, que indicaram o índice de 10% como um símbolo das exorbitantes taxas de juros às quais os brasileiros precisam se submeter.

A teoria mais aceita, no entanto, é a de que seria uma homenagem ao sistema de cotas - avanço do sistema educacional brasileiro - e àqueles que se utilizam deste artifício para tentar ganhar o carro ofertado pela Covest. Esta ideia é a mais aceita por haver dentre os dezporcentistas uma leva de alunos que, como DecoPi, tentaram sem sucesso burlar o sistema de cotas.

Teorias à parte, vamos aos fatos. No décimo ano da Copa Paulo Francis, uma equipe chamada DezPorCento, que estreou no ano de dois mil e dez, chega à competição com a nunca-antes-alcançada marca de 10% de aproveitamento. O time roxo jogou, vejam só, DEZ partidas na Copa em suas duas de participações.

Misticismo - Por trás do mistério dos números, uma pessoa surge como principal alvo de suspeitas. Ligada à classe roxa desde a aprovação no vestibular, a mística-árabe-dançarina-do-ventre-Mãe Mahmood pode estar por trás de todo o misticismo. Disceta, Mãe Mahmood surpreende a todos desde o primeiro ano do DPC na Copa. A jovem, que só aparece em público de dez em dez dias, impressiona a todos com sua capacidade de surgir nos lugares "de repente".

Testemunhas relatam que Mahmood surge nas festas da Copa sempre por volta das 22h (ou dez horas da noite, como ela prefere). A figura dança e bebe no local por exatos dez minutos e, sem que ninguém se dê conta, desaparece. É importante lembrar que o período da CPF é o único momento do ano em que Mahmood deixa de lado a regra da aparição dos dez dias, para poder comparecer a todas as festas.

Fontes ligadas à equipe violeta afirmam que há um pacto entre os membros do DPC e entidades místicas. Os atletas dezporcentistas teriam prometido dedicar 10% de suas vidas à servidão das entidades. Tudo pelo título da Copa Paulo Francis. A suspeita cai como uma luva para o questionamento de por que os atletas-de-cristo estão se dedicando unicamente aos estudos e se negando a participar dos jogos do DPC.

Questionado sobre as denúncias de pacto, o atleta Danilo Aguiar se defendeu. "Certamente são fofoqueiros de outras equipes tentando provocar intrigas pré-jogo. As estátuas de preto-velho que tenho na minha varanda não querem dizer nada."

Expectativas - Para o zagueiro-pit-bull Igor Gomes, a décima edição da Copa Paulo Francis deve ser a coroação da equipe. "Já alcançamos o nosso objetivo inicial, que era atingir os 10% de aproveitamento. O motivo eu não posso revelar, mas as derrotas foram de fato intencionais. A nossa única vitória, diante do aclamado campeão e invicto havia dois anos PDF, mostrou que temos força para vencermos quem quer que seja o adversário."

O capitão da equipe, o zagueiro-atacante DecoPi, é o que mostra mais confiança para a edição deste ano da Copa mais assistida do planeta. "Cumprido o primeiro objetivo da equipe, entraremos menos pressionados, mais leves. Temos tudo para conquistarmos o nosso segundo objetivo: o título da edição de número 10."

No próximo dia 5 de maio, o DPC entra em campo com mais um acontecimento histórico-numérico em iminência. Diante do RUN, a equipe roxa pode marcar o décimo gol de sua história. O capitão DecoPi confirmou que o autor do tento histórico deverá ser homenageado com o troféu-mór dos cacquianos: uma garrafa de cana-com-mel. A partida também pode ser marcada pela passagem de um décimo goleiro pelas barras do DPC, assim como pode ocorrer a décima derrota do DezPorCento.

Em nota, assessoria dezporcentista informou que um zagueiro de renome internacional deve ser anunciado até o fim de semana. De acordo com a diretoria púrpura, só está faltando a assinatura do contrato. Junto com o atleta, também pode vir uma garota para reforçar a equipe feminina. Esta, no entanto, ainda está em negociação.



segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mudança na Tabela

Atenção às mudanças na tabela da Copa Paulo Francis!
A 1ª, 4ª e 5ª rodadas permanecem iguais. O que houve foi uma permuta entre a 2ª e a 3ª rodadas. Para os calouros e veteranos, a mudança é pouca. O horário continua o mesmo, mas mudam os adversários.
Na segunda rodada, o DPC, que se encontraria com o FDM, agora abre o dia juntos com os calouros. O RUN, que jogaria na primeira partida passa a enfrentar os veteranos no último horário. O FDM também permanece no mesmo horário, mas, ao invés de jogar contra o DPC, pega o RYU no segundo horário (o RYU originalmente enfrentaria os veteranos).
A terceira rodada fica o PCF e o RUN abrindo, o DPC encontrando o FDM e os veteranos enfrentando o RYU.
Lembrando também que não há alterações na Copa Patrícia Poeta.
Talvez seja menos confuso conferir a nova tabela abaixo:

O pedido de mudança foi feito por André Wally, que agradece a toda brodagem paulofranciana pela compreensão.
Vale salientar que toda a organização está de ouvidos abertos para sugestões na tabela e que esse tipo de mudança é comum na CPF, visando favorecer o evento como um todo, e não pessoas específicas. Ano passado, por exemplo, com os jogos já em andamento, conseguimos mudar os horários de uma partida para que o PDF pudesse jogar com o time completo. Enquanto tiverem pessoas dispostas a fazer tudo para jogar a Paulo Francis, seremos congregadores e flexíveis.
Abraço a todos e nos vemos em campo!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Memória CPF 4 - Carlos Figueiredo

Antes - muito antes - de haver o RUN, escrete uma vez campeão e duas vezes vice, outra Laranja Mecânica rondava nos gramados da Paulo Francis, a PIA. Assim como os colegas de cor da turma de 2009, a laranjada antiga chegou a três finais e ganhou uma delas. Hereditariedade pigmentar? Se for, o RUN terá ainda muito chão pela frente para conseguir escrever metade da história que a PIA deixou na Copa Paulo Francis.
Porém, não é só de glórias que vive um time. A PIA levou a maior goleada da história da CPF, um chocolate de 18x0, contra o MSN (lembra a final que o RUN levou de 8x1 do PDF?). Mas isto foi apenas uma pequena mancha no seu histórico honrável. Pioneiros no uso de uniforme e com um aproveitamento extraordinário nas três últimas CPFs que participou, a PIA é a grande homenageada do Memória CPF de hoje.
Entenda toda a trajetória através das palavras de Carlos Figueiredo:

A Laranja Mecânica da PIA vingou Cruyff e cia na CPF


Musa Ângela Prysthon rodeada pela equipe da PIA
Em pé: Victor Freire, Paulo Carvalho, Bruno Andrade, Carlos Figueiredo e Guilherme Gatis
Agachados: Diogo Campos, Leonardo Vasconcelos e Edson Alves Jr.
“A história é contada pelos vencedores”, diz o ditado. Ora, se a frase realmente está correta, faltava um representante da laranja mecânica da Copa Paulo Francis vir até esse honrado espaço e lembrar os feitos do primeiro time a usar uniforme próprio e não os coletes sem identidade fornecidos pelos campos de society que abrigaram certame tão charmoso e importante como a CPF.
Antes de vestir laranja, a PIA jogava de colete, assim como
os outros times. Na imagem, jogadores discutem táticas
A Copa Paulo Francis surgiu da mente de Artucano, o famoso Arthur Gomes do MSN, ou “Vai ler Foucault!” para os que conheciam melhor essa lenda do futebol e do pensamento liberal do CAC. Entretanto, a maravilhosa ideia teve sua semente em uma pelada entre nós da PIA e os saudosos colegas do OBC. Uma série de amistosos entre esses escretes foi a origem do certame. Sem PIA e OBC não existiria Paulo Francis.
Jogávamos um “futebol total”, de total entrega, sempre honrando nosso uniforme e a bela torcida que acompanhava nossos jogos. As torcedoras eram tão fanáticas que chegaram a torcer contra os seus então respectivos que defendiam em outras agremiações. Tudo em nome do amor pelo escrete laranja. Tanto que até hoje pedem para que façamos um jogo de despedida, apenas pelo prazer de ver por uma derradeira vez a magistral laranja mecânica.
O professor Clériston nunca negou seu
apoio à PIA
Um time que chegou a três finais (2005, 2006 e 2007), que sabia ganhar e perder, dotado de um cavalheirismo sem igual, nunca procurando o tapetão para se beneficiar de qualquer maneira. Ganhamos e perdemos na bola. Fomos o único time a contar com um equivalente a Maradona, que conduzia o escrete à vitória, um jogador que gozava de tal confiança dos demais, que sua simples presença fazia o futebol dos companheiros dobrar, triplicar... quintuplicar. Bruno, um maradona às avessas, disciplinado, humilde, gênio, uma mistura de artista e operário.
Ao fim das jornadas futebolísticas, Bruno fazia questão de parabenizar cada companheiro. O prazer de vestir a camisa laranja era maior que qualquer vaidade que esse grande craque pudesse ter. Envergar o manto laranja, estar com seus companheiros era seu combustível. E isso bastava a esse extraordinário craque. Era diferenciado e sabia disso, não precisava de autoafirmação. Mas há outros valores dignos de nota. O que dizer do “paredão” laranja, o inexpugnável e intransponível, Édson Alves Jr? Ou do nosso motor e capitão, Leonardo Vasconcelos, sempre suando sangue pelas vitórias laranjas, sempre com uma palavra de incentivo para os seus companheiros, nunca se abatendo?
DRAMA: Guilherme Gatis, que daria nome ao "Prêmio
Chiliquenta", lamenta derrota de 18x0 contra o MSN
Como esquecer os gols de Guilherme Gatis, que apesar de sempre voltar para ajudar na marcação enquanto o fôlego permitia, deixou várias vezes sua marca inconfundível nas redes adversárias? E os penteados do nosso volante cerebral, Paulo Carvalho, a enciclopédia, uma espécie de Tostão da Paulo Francis, um craque que domina a pelota e as letras? Como não lembrar a raça de Victor Freire, sempre mordendo as canelas adversárias? Ou o zagueiro Carlos, marcador leal, que sempre visava a bola por compaixão aos franzinos adversários?
Outros craques tiveram que abandonar a máquina laranja da PIA, que ao contrário do time liderado por Johan Cruyff nas Copas de 1974 e 1978, levantou a taça mais cobiçada do mundo em 2006. É importante lembrar André Kano, uma espécie de Rivelino de olhos puxados, jogava sempre de cabeça em pé, com maestria.
Shinji Kagawa, do Borussia Dortmund, ou Hidetoshi Nakata, que chegou a ser comparado com Falcão em Roma, não engraxam a chuteira dessa legenda oriental. André teve, por motivos de força maior, que se aposentar da CPF. Diogo Campos também não pode passar sem uma lembrança. Abandonou o jornalismo, mas nunca a Laranja Mecânica. Jogar ao lado desses valores futebolísticos e intelectuais com certeza é parte da minha formação como ser humano, e só tenho a agradecer por essa honra.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Definições CPF 2012

A menos de um mês do início da décima edição da CPF 2012, já temos tudo decidido. Mais uma vez, os alunos do curso de Jornalismo da UFPE entram em campo para derrubar a teria de que jornalista não sabe jogar bola. Mas fiquem atentos, meninos e meninas, teremos algumas mudanças.
A briga foi grande. Campos do Recife inteiro imploraram aos cartolas da Copa Paulo Francis por uma chance de sediar a magnânima décima edição. O Sport mudou todos os horários do Brasileirão para não ter jogo no sábado, o Clube Líbano prometeu trocar o gramado remendado e o Clube dos Subtenentes e Sargentos da PM disse que faria vista grossa para os verdadeiros bacanais ilícitos que são as festas da CPF. Ganhou o terceiro, evidentemente. O Sport reverteu a grana que iriam investir na competição para fazer uma proposta a Yago Pikachu e os dirigentes do Líbano, de desgosto, resolveram demolir o clube todo.
Como já foi dito, a cerveja no CSS-PM é um chuchu de barata. O litrão de Skol é R$5 e a garrafa de 600ml de Brahma custa R$2,50. Agora que o assunto cerveja já foi resolvido, passamos para o menos importante.

ENDEREÇO: Clube dos Subtenentes e Sargentos da PM - Rua José Holanda, 890, Torre (Fica pertíssimo do Carrefour, e a localização exata você confere no mapa abaixo).


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DATA: de 5 de maio a 9 de junho.

HORÁRIO: das 17h30 às 20h30. CPF e CPP começam na mesma data este ano. Por favor, cheguem cedo para não atrasar as partidas e também pra socializar.

CONTABILIDADE: Deco Pi (DPC), que arrematou o cargo de Secretário de Finanças e ainda colocou Vinícius Sobreira (DPC) como estagiário, já passou a real: cada time para R$325. Proporcionalmente, é R$175 para o masculino e R$150 para o feminino. O time dos veteranos paga R$250. Sabemos que o preço está um pouco mais salgado do que o ano passado, mas Deco explica: "uma regra básica da culinária é a seguinte: sal para realçar o gosto, pimenta para esconder. A gente botou foi sal, porque a CPF esse ano vai ser uma delícia. E pimenta no cu dos outros é refresco; não que tenha alguma coisa a ver com o assunto, eu só não gosto de perder a piada".

TEMPO DE JOGO: Prevê-se que ao todo 15h de futebol sejam jogadas ao longo das 6 semanas.


Copa\Dia
05.05
12.05
19.05
26.05
02.06
09.06
CPF
2h
2h
2h
2h
2h
2h
CPP
30min
30min
30min
30min
30min
30min


O tempo de jogo é o mesmo. Masculino joga 12 minutos e feminino, 7 minutos e meio.


RESUMINDO: horários resolvido, tabela divulgada e muita disposição. A CPF 2012 já começou. O dinheiro já deveria ter sido recolhido, porque temos que pagar o campo com antecedências. Todas as turmas foram avisadas e esperamos a grana até a semana que vem. Por favor! Deco Pi está de mãos abertas esperando por vocês.

REGULAMENTO DAS PARTIDAS: O regulamento da CPF é quase igual ao do ano passado. Só há uma diferença, em relação ao número de jogadores. Confira:



Número de jogadores - 5 na linha e 1 no gol.

Tempo de duração dos jogos - Os jogos da CPF terão tempos de 12 minutos, com intervalo de 4 minutos. Para cada jogo, haverá 10 minutos de tolerância/aquecimento para que as equipes apresentem pelo menos 5 atletas (4 na linha e 1 no gol) antes do início do jogo. A equipe que não atingir o número mínimo de atletas, perderá por W.O. No caso de W.O., o placar fica 2X0.

Os jogos da CPP terão 7 minutos e meio por tempo, com intervalo de 3 minutos. São 5 minutos de aquecimento – já que os jogos começam mais tarde.

Cobranças de escanteios e laterais - As reposições de bola poderão ser feitas com os pés e com as mãos. No segundo caso, deverão ser feitas de acordo com a regra do futebol. Mãos atrás da cabeça e pés atrás da linha. O não cumprimento acarretará reversão de bola.

Cobranças de falta – As cobranças de falta também obedecem à regra do futebol de campo. As bolas deverão ser repostas com tiro livre direto, exceto em casos de mão na bola ou de jogo perigoso (pé alto e solada). Nesses casos, a bola é reposta com tiro livre indireto – dois toques na bola.

Expulsões - O atleta que for expulso será excluído até o fim da partida, podendo regressar à equipe apenas no jogo seguinte. Porém, após seis minutos, outro jogador tem direito de entrar no lugar do expulso.

Recuo – A bola poderá ser recuada por um jogador de linha para as mãos do goleiro de sua equipe apenas uma vez por lance. A equipe que tiver a bola recuada mais de uma vez para as mãos do goleiro em um só lance terá contra si um tiro livre indireto.

Árbitros – Como nos anos anteriores, os árbitros e auxiliares das partidas serão jogadores ou ex-jogadores da Copa Paulo Francis. Nenhum calouro poderá arbitrar.

REGULAMENTO DO CAMPEONATO: Será um campeonato de pontos corridos, como todos estão acostumados. No final de cada jogo, fica assim a pontuação:

Vitória
3
Empate
1
Derrota
0

Quando todos os times tiverem se confrontado uma vez, o primeiro e o segundo lugares vão ao confronto final e o terceiro e quarto lugares tentam uma chance no terceiro lugar do pódio. Em caso de empate em pontos na primeira fase, eis os critérios de desempate:

Vitória
Saldo de gols
Gols-pró
Gols-contra
Confronto direto

Lembrando que, passando para essa segunda fase, todo o histórico é apagado. No caso do placar terminar igual, inicia-se uma disputa por pênaltis. São 3 cobranças. Caso haja empate ao final dessas cobranças, é escolhido um jogador de cada equipe para bater de forma alternada. Essa situação persiste até que uma das equipes tenha vantagem sobre a outra e ambas já tenham batido o mesmo número de pênaltis.

Poster

Um poster comemorativo das 10 edições da Copa, seguindo o novo visual do blog.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Que os jogos comecem!

É com muito orgulho que o FDM por meio deste vídeo vem anunciar o começo da sua campanha para a décima edição da Copa Paulo Francis. Estavam rolando alguns boatos por aí que as róseas estariam reparando-se para a CPP num spa no México (até agora não se sabe de onde veio o dinheiro que patrocinou tudo isso). Mas, como tudo não passou de um rumor, o vídeo abaixo vem elucidar qualquer dúvida sobre o que realmente as Fleurs du Mal estariam fazendo no México:




Ps. Pedimos desculpas pelo erro encontrado no vídeo sobre ser a décima edição da CPP. Colocamos na descrição do vídeo que era da Copa Paulo Francis. Pensamos em esperar cinco anos para publicar o vídeo, visto que a Copa Patrícia Poeta tem metade do tempo de vida que lhe demos, mas decidimos publicar mesmo assim.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Memória CPF 3 - Wagner Sarmento

"Ontem, na rodada final, jogamos sério, mas sem estímulo, já que a equipe adversária jogava sem dois jogadores. Atacamos o tempo todo e perdemos muitas chances (vou fazer um "mea culpa", perdi muitos gols). O placar foi justo, 14 x 0. Isso apesar do MAA ter criado algumas chances principalmente com o cara habilidoso das chuteiras vermelhas (ontem, tinha gente chamando o cara de Dorotee, do Mágico de OZ)."
Nono (IMP), 21 de julho de 2003
"Quanto a colocar em dúvida a honestidade da PIA, calma lá, Wagner (suponho que tenha sido você quem escreveu esse post não assinado) [...] Usar desse tipo de argumento, usar de frases como 'ver a PIA - e sobretudo Gatis - reclamando de alguma coisa nesta edição da copa soa como piada (de muito mau gosto)'.É o se fazer valer do mais baixo tipo de argumentação. Você não precisa tentar desmerecer seu oponente para que seus argumentos se sobreponham. Essa é uma estratégia típica de quem não tem argumentos fortes."
Guilherme Gatis (PIA), 11 de agosto de 2007
"Ops, foi mal, Gatis. Esqueci de assinar. Fui eu mesmo."
Wagner, em resposta, 11 de agosto de 2007.
"Wagner não é Pelé. Nem se compara. E não porque Pelé é melhor, mas porque simplesmente não se compara. Wagner é Wagner. [...] E eu me orgulho de ter Wagner Sarmento marcado na história da Copa, e não Pelé, não Romário."
Diogo Madruga (BAU), 13 de abril de 2008
"Eu costumo dizer que não conheci ninguém que merecesse ganhar a Copa mais do que ele. Wagner jogava com amor, ele namorava a taça da CPF quando ainda era um infante na competição, ele a desejava como um noivo deseja a esposa na hora do casamento."
Benjamim de Moura (MSN), 7 de maio de 2010
"A despolitização e a sucessão de gerações fez com que essas discussões se encerrassem e muita gente passou a tratar com vassalagem reis e rainhas sem a altura da majestade."
Luís Henrique Leal, 7 de maio de 2010
"A história é contada pelos vencedores. O choro, deixo contigo. 64 abraços."
7 de maio de 2010, Wagner Sarmento, em resposta.
"Wagner, de fato, não foi um atleta desprezível... Afinal ele foi um dos que aprendeu na Escolinha do Dudu."
Eduardo Maia (MSN), 2 de abril de 2012. 
Um dos mais célebres jogadores da Copa Paulo Francis, o próximo personagem do Memória CPF cultivou idólatras e desafetos; atingiu a incrível marca de 64 gols em cinco edições, sob o protesto de alguns que o acusavam de "banheirista"; mesmo nunca querendo ser cartola, chegou ao mais alto cargo da organização, para sair dramaticamente; uma figura controversa, que divide comentários arrogantes com enorme afeição por tudo o que a Copa representa. Assim como o próprio Paulo Francis no mundo jornalístico, Wagner Sarmento (também atendido pelas alcunhas "W9", "W64", ou Rainha), goleador do MAA, fez história na CPF, tanto pela sua competência quanto pela capacidade de gerar polêmicas.
E a palavra hoje - na série que deu a primeira pulsão de vida ao blog em 2012 - não é de ninguém menos que ele, a Rainha. Que tenha início, a história:

Memória CPF - Wagner Sarmento

Eu sou Pelé. Começar um texto com esta frase implica uma responsabilidade imensa pras linhas que virão a seguir.
Digo que sou o Pelé da Copa Paulo Francis mesmo sem nunca ter jogado num esquadrão como o Santos dos anos 60 e o Brasil de 70. Bem longe disso. O MAA, desde o começo, sempre foi sinônimo de superação. Nos dois primeiros anos, sequer tínhamos um time inteiro. Disputamos sempre com um ou dois jogadores a menos, com a cara, a coragem e a alma. Sabíamos das nossas limitações tanto quanto de nossas qualidades. Varremos os escombros de cada derrota nestes jogos iniciais pra erguer o time vencedor do futuro.
Nestes 6 anos de copa, eu tive meu Coutinho. Na verdade, ele prefere ser chamado de Maradona. Júnior era o cérebro e motor do time, o cara que deve ser responsável por mais de dois terços das jogadas que resultaram em gols meus. O MAA tinha ainda a segurança de Rodrigo no gol, a bravura de Tiago Maciel, a entrega de João Neto, a malemolência de David, o Neymar albino, e a onipresença do meu parceiro JB, que da França nos anos derradeiros de copa emanava torcida e fé.
Das tantas emoções que a Paulo Francis me proporcionou, duas guardo com carinho especial e reconto aqui, neste espaço de saudades e lembranças.

Comemoração do gol 50, sobre o PDF
1) Em 2007, eu, então presidente da copa, decidi renunciar e me afastar dos gramados por discordâncias políticas. O MAA começou o campeonato sem mim. Ganhou uma aqui, perdeu outra acolá e o clamor pelo meu retorno foi crescendo. Nas ruas, crianças pediam pela minha volta. Abaixo-assinados rodavam pelo orkut e em listas de e-mail. Faustão lançou campanha. A pressão era grande. O amor pelo futebol, maior ainda. Voltei. O jogo seria contra o PDF, debutante e sensação da copa. Só se falava em Princesa Sarah, o craque dos cabelos vermelhos que incendiava o torneio. Era o duelo do líder PDF contra o eterno azarão MAA. Mas se tem uma coisa que sempre pautou a copa foi a tal da hierarquia. Naquele 5 de agosto, ela se fez soberana. Se o PDF tinha a Princesa Sarah, o MAA tinha a Rainha W9. Voltei marcando 3 gols e o MAA sapecou 4 a 0 no time verde. Andershow viria a ser meu pupilo e um dos maiores craques da Paulo Francis. Será um prazer jogar ao lado dele este ano. Um ataque majestoso.

Em pé: David, Wagner e Júnior
Agachados: Rodrigo e Tiago
2) O gol 50 foi a apoteose de minha história na copa. Talvez ninguém tenha amado a Paulo Francis como eu amei. A ela devotei meu suor e minha alma. Sorri, joguei, briguei, ganhei fãs e desafetos, fui feliz. 2008 era o ano de minha despedida e o MAA seria o primeiro time a dizer adeus sem ter sido campeão. Quis o destino que o gol com peso de milésimo fosse contra o PDF, decerto nosso adversário mais marcante. Em três jogos contra os verdes, foram três vitórias do MAA. A última delas, épica, histórica. O 7 a 2 não conta o simbolismo da partida. Foi o jogo do gol 50. Pelé e Romário fizeram o milésimo de pênalti, eu fiz o meu com bola rolando, sem script ensaiado. Drible e chute seco, de bico, com raiva. Ajoelhei-me perto do meio-campo e recebi o abraço de meus companheiros, um a um, os guerreiros azuis, artífices do meu recorde. Dei volta olímpica, ganhei faixa de cartolina, fiz discurso, chorei. Voltei a campo, fiz mais dois gols. Na verdade, fiz muito mais que isso. Duvidaram e eu respondi com bola na rede. O MAA foi campeão e eu fui eleito craque e artilheiro com 18 gols.
Fui chamado de ditador quando, por questões humanitárias e sociais, liderei em 2005 a costura diplomática que resultou na criação do UAL (Unidos pelo Álcool), uma fusão entre MAA (Movidos a Álcool) e VTU (Vamos Tomar Uma), classificada por meus detratores como opressiva. Ao fim da copa, despedi-me ironicamente com 64 gols. Isso mesmo, 64. O número, mais emblemático impossível quando se fala em tirania, crava uma só certeza: minha ditadura é o gol.

MEMÓRIA EM VÍDEO

Abaixo, vídeo feito em 2011 sobre Wagner Sarmento. O título também é Memória CPF, inspiração para esta série.




segunda-feira, 2 de abril de 2012

Memória CPF 2 - Eduardo Maia

Continuando a série "Memória CPF", apresentamos mais uma peça chave que ajuda a montar o quebra-cabeça da História da Copa. A palavra desta vez é do primeiro "Craque Paulo Francis", Eduardo Maia (MSN). Como sabemos, o maior artilheiro da competição foi Wagner Sarmento, do MAA, marcando 64 gols em seu tempo. Porém, muitos jogadores da primeira geração afirmam que, se tivesse participado de mais edições, o atacante do MSN poderia ter superado o número. Enfim, são questões que não pretendem ser - nem nunca serão - respondidas; tanto é que, no texto a seguir, Maia nem toca no assunto. Como o título trata de afirmar diretamente, se trata do embrião da ardente rivalidade paulofranciana.
Pois bem... o texto:

O primeiro grande clássico: IMP X MSN
Por Eduardo Cesar Maia

O melhor time que vi jogar no meu tempo de Paulo Francis foi o IMP – ainda que eles tenham atuado apenas no primeiro ano (2003) e que o tenhamos derrotado por duas vezes em jogos realmente emocionantes. O melhor, portanto, nem sempre é o maior ou o mais merecedor. Não quero aqui fazer média com os caras e tentar uma trégua diplomática 10 anos depois da guerra. De fato, as duas partidas foram verdadeiras batalhas, com lances polêmicos, xingamentos pesados, carrinhos do joelho pra cima, expulsões, confusões extracampo etc.; mas a realidade é que, pelo menos nos três primeiros anos da Copa¹  , os outros times não conseguiam fazer partidas no nível das que IMP e MSN realizavam, seja pela qualidade técnica, seja pela rivalidade feroz entre os atletas. Os jogos com os times dos calouros (na época o MAA e a PIA) eram encarados por nós e pelo IMP como simples treinos e como ocasião para marcar muitos gols e tentar a artilharia. Os placares eram sempre muito elásticos.
Muito frequentemente, vocês bem o sabem, a carreira de jornalismo e a prática do futebol não costumam andar juntas ou, quando andam, geralmente o fazem de forma, digamos, desengonçada. Era difícil para qualquer turma, inclusive para o meu MSN, conseguir completar o time, muito menos ter reservas no banco. Tivemos sempre que contar com a boa vontade de jogadores improvisados, que nunca tinham batido uma pelada na vida. Mas o IMP era um pouco diferente, e neste ponto começo a justificar minha opinião de que eles tiveram o melhor time da época. Os IMParciais (nome babaca, alguns dirão, e eu concordo...) tinham pelo menos 4 jogadores acima da média.

Imparciais
Diogo Argentino, Heiner Farias, Marcelo Pedroso,
Leo Salazar, Lula e, na horizontal, Grupillo.
 
Destaco, em primeiro lugar, o maior atacante da época, o matador Diogo Argentino, uma espécie de “Evair” da Paulo Francis, que sabia tanto finalizar com frieza e precisão quanto servir os colegas com assistências muito bem feitas. Minha disputa pessoal com Diogo era uma coisa antiga, desde os tempos de colégio (Lubienska), mas hoje reconheço nele um jogador muito mais talentoso do que eu, com muito mais controle de bola, apesar de às vezes faltar nele, em momentos decisivos como aquele, um pouco mais de garra e de liderança. Nossa rivalidade foi ainda aumentada porque ambos atrasamos o curso no mesmo ano para fazer um intercâmbio na Espanha e lá jogamos muitas vezes juntos e separados; quando voltamos, fomos disputados por nossas antigas salas para compormos o time original. Por isso, nunca joguei pela OBC (turma na qual concluí o curso) e ele nunca jogou pelo MSN (idem). Menciono, ainda do IMP, o nome de Leonardo Salazar, que também conheço desde moleque, das peladas que batíamos num campão de terra onde hoje está erguido o edf. Sítio Jacobina, nas Graças. Leo é um grande zagueiro, forte e habilidoso com a bola nos pés. Jogou sempre com muita garra, mas acabou prejudicando o seu time por excesso de nervosismo e por ter sido expulso duas vezes em jogos conosco. Admito, aqui, que uma das nossas estratégias (do grego ΣΤΡΑΤΗΓΙΚΗΣ, do inglês strategy, do francês stratégie) era provocá-lo no jogo e fora de campo. O maior craque do IMP, no entanto, em minha opinião, era Luiz Marcelo, o Lula, que hoje é músico e toca na banda Mula Manca, se é que ainda existe o grupo (vou mandar meu estagiário apurar o fato). Jogador completo: atacava com velocidade e habilidade; defendia com força e inteligência – um “Xavi” do jornalismo. À época, eu jogava com ele uma pelada de altíssimo nível todas as quintas-feiras num campinho na Fernandes Vieira, e ele era invariavelmente um dos primeiros a ser escolhido na hora de tirar os times.
Os três que mencionei eram os verdadeiros craques na origem da Paulo Francis, e o IMP ainda contava com Heiner Farias, um jogador competente e útil, mas de um nível um pouco abaixo dos demais. Completavam o time os perronhas Artur Grupillo e Marcelo Pedroso, que tentavam pelo menos dar umas lapadas quando entravam em campo, mas nem isso eles conseguiam. Outra grande vantagem do IMP era contar com um bom goleiro (coisa rara na Paulo Francis): André Telles.

Movimento dos Sem Nome
De pé: Léo Grego, Rafael Ferreira, Eduardo Maia, Arthucano, Benjamim.
Sentados: Carlos Gamarra, Dudu Surf, Marcelo e Vilela.
Minha equipe – o glorioso MSN – era, pelo menos no papel, muito mais modesta. Tínhamos, é verdade, um zagueiro muito bom, Carlos “Gamarra”, essencial na nossa conquista. Jogava com muita força, mas sem cometer tantas faltas, e sabia sair com a bola com categoria. Jogou bem todas as partidas e era o ponto de equilíbrio do time. Arthur Gomes, que ficou conhecido na época como “Arthucano” por suas perigosas tendências direitistas, era um jogador muito bom, mas sofria com uma série de problemas físicos: joelho podre, tornozelo, coluna... Ele fez um grande esforço para jogar a Copa e jogou muito bem, disputando, inclusive, a artilharia. Nosso atacante fixo era Dudu Surf, que tinha um bom controle de bola e fez gols importantes, mas era um tanto irregular, porque vivia pensando em Maracaípe, mesmo na hora dos jogos. Deixou o MSN na mão em alguns fins de semana por preferir o surf ao futebol, um pecado mortal que ele ainda pagará no inferno. Mas, quando entrava para jogar, colaborava muito. Leo Grego, nosso homem no Itamaraty, era um zagueiro esforçado e brigador; compensava as deficiências técnicas com muita vontade de ganhar e com lapadas nas canelas dos outros: foi fundamental nos jogos mais duros. Sobre mim mesmo, diria que me superei nessa Copa. Não tinha a habilidade de Diogo Argentino, nem a força de Salazar e muito menos a “completude” futebolística de Lula, mas coloquei toda a minha vontade em cada partida, e aproveitei muito o fato de chutar bem de longe, marcando muitos gols dessa forma. Renato Lima foi nosso “gigante” no gol. Defendia a meta com muita raça e se atirava nas bolas sem se importar com a queda e não tinha medo das bombas dos atacantes adversários... Tanto que machucou a mão e foi substituído pela revelação Rafael Ferreira, que foi o goleiro da grande final e teve um papel importante no resultado. É dele a invenção da “defesa manchete”, que consiste em suavizar um chute potente utilizando o conhecido movimento de braço utilizado por jogadores de vôlei. Era estranho – verdade – mas funcionava.
O primeiro jogo – No primeiro enfrentamento, lembro-me de que o domínio do IMP era quase absoluto: mandaram no primeiro tempo e saíram na frente com um gol de Diogo Argentino. Deixo vocês com o depoimento de Benjamim sobre o confronto, escrito na coluna que ele mantinha no blog da Copa daquele ano, no qual comentava todas as rodadas: “O segundo confronto da rodada era o clássico mais esperado da primeira fase. IMP e MSN se enfrentaram fazendo o jogo que muitos apontam como a provável final da Copa. Os dois times iniciaram o jogo na defesa. Foi o contra-ataque do nono período que funcionou melhor. Diogo Lopez marcou aos seis do primeiro tempo. Cinco minutos depois Dudu Maia empatou. Diogo Lopez, terceiro lugar na briga pela artilharia, com dois gols a menos, e Arthur Grupillo marcaram para o IMP antes do intervalo. No segundo tempo, o MSN iniciou no ataque e no primeiro minuto de jogo Arthurcano marcou o gol que lhe garantiu a artilharia da Copa por mais uma rodada. Dudu Maia empatou aos dez minutos e aos dezessete pôs o MSN na frente pela primeira vez na partida, que terminou com esse placar”. Como você podem perceber, foi um jogaço... E começou aí o clima de hostilidade e pancadaria que iria se repetir no último e decisivo confronto.

O IMPério tenta contra-atacar
Antes da grande final, alguns jogadores do IMP fizeram um protesto
contra a organização do torneio. Segundo eles, os articulistas do
Blog da CPF estavam maculando suas imagens e transformando-os
em vilões... Quem mandou acreditar em IMParcialidade, hein, papai?
Terminamos, portanto, a primeira fase do torneio em primeiro lugar, e chegamos à final com o direito de empatar a partida, mas o MSN nunca foi time de jogar pelo empate. O time começou o jogo de forma muito intensa, até mesmo nervosa, mas acabou dando certo e acabei marcando o primeiro gol do dia, em um chute forte, cruzado e de longa distância. Os Imparciais, pressionados pela necessidade de marcar pelo menos dois gols, foram para cima e conseguiram o empate com um gol de Diogo Argentino. A partir daí lembro que o jogo pegou fogo: catimbas, ameaças, pancadas realmente fortes... Tudo se encaminhava para uma briga generalizada entre os dois times e mesmo com gente que só assistia, mas que queria ver o cacete comer de qualquer jeito. Não quero cometer injustiças e dizer que eles tiveram a culpa: estava todo mundo no mesmo clima, mas a diferença é que nós mantivemos a calma diante do juiz, e ele não teve como expulsar ninguém do nosso time (levamos quatro cartões amarelos, mas ninguém repetia o erro). Do outro lado, Leo Salazar, muito nervoso desde o princípio, acabou levando o vermelho. Desempatei o jogo após uma jogada muito bem feita por Carlos Gamarra e Arthurcano, e o jogo terminou dessa maneira. Os destaques da partida, segundo a crônica esportiva da época, foram o goleiro Rafael Ferreira e Dudu Maia (sim, eu mesmo), do MSN; e, também, Diogo Argentino, do IMP, que conquistou a artilharia do campeonato. Depois, a emoção tomou conta de todos e só posso dizer que houve entrega de medalhas, do troféu e até volta olímpica. A bonita e imponente taça de campeões da 1º Copa Paulo Francis encontra-se atualmente em minha residência, e todos os dias olho para ela com orgulho... Ainda sobre a partida final, quero registrar que o jogo foi filmado pela nossa colega de classe Maria Eduarda Andrade, que hoje é cineasta/documentarista em NY. O material está sendo procurado pela mesma e, se encontrarmos, prometemos uma sessão especial no Cine São Luiz para exibição dessa peça de rara qualidade cinematográfica e futebolística.


Epílogo

Bem, no ano seguinte (2004) as coisas foram bem diferentes... O IMP já não participou, não fomos campeões (o título ficou com o medíocre time do OBC...); mas conquistei a artilharia com um número de gols que acho que até hoje não foi batido numa única Copa. Ainda não conseguimos resgatar estes dados para confirmar, portanto isso fica pra um próximo texto.



¹ Em 2003, fui campeão e fiquei em segundo lugar na artilharia; em 2004, vice-campeão e artilheiro absoluto, com mais de 10 gols a frente do segundo lugar; em 2005, não pude mais jogar, mas acompanhei os jogos da Copa.

domingo, 1 de abril de 2012

Tabela CPF 2012

Meninas, corram para as manicures para reparar as unhas roídas!
Meninos, vão logo calibrando seus pés, que devem estar desajustados de tanto tapear nervosamente o chão.
"Habemus Copam", são as palavras que rondam nos bastidores do mundo jornalístico. E não só no curso da Federal. Este ano, a Copa é de todos! Veteranos da CPF, agora respeitados profissionais de sucesso, virão de todo o país para ter uma chance de reviver o mais master dos campeonatos de futebol do Universo.
Para provar que o Paulo Francis 2012 é algo concreto, disponibilizamos a Tabela de Jogos da décima edição da Copa Paulo Francis. Nela, você conferirá que muito mudou. Por haver apenas cinco times masculinos este ano, devido à inesperada saída do PDF, adicionamos um time de veteranos como convidado especial para jogar um amistoso a cada rodada.
Além disso, na Copa Patrícia Poeta participam pela primeira vez cinco times, igualando com a disputa masculina. Desta maneira, de forma inédita, os dois torneios começarão simultaneamente, o que é bem excitante. Outras alterações no formato, algumas radicais, também irão ser reveladas ao longo da semana. Esperem novidades na Copa em si, no blog, nos prêmios e nas festas. A décima edição não passará em branco e logo menos vocês saberão por quê.
É estranho, contudo, constatar que as cores verde e amarelo não ponteiam o quadro este ano, mas ao menos veremos um verdadeiro arco-íris de times na equipe dos veteranos (porra, deveria ter pintado o nomezinho "veteranos" com as cores do arco-íris, inclusive). Rostos conhecidos da História recente do campeonato, como Diogo Madruga (BAU), Breno Pires (BAU), Nilton AJ (BAU), Luiz Felipe (PDF) e Anderson "Princesa Sarah" (PDF) deverão fazer seu grand retour aos gramados. Eles unirão forças a consolidados mitos, como Eduardo Maia (MSN) e Wagner Sarmento (MAA).
Bem, como é de costume, os calouros abrirão todas as rodadas. Este ano, eles excepcionalmente fecharão a quinta semana, com um confronto inusitado entre bebês contra os idosos. Detalhe para a quarta rodada, auge de emoções, com o clássico masculino RYU x RUN e a reencenação da final feminina de 2011, RUN x FDM. Aliás, com a data redonda da CPF, todos os times, masculinos e femininos, prometem partidas épicas. A Copa começa 5 de maio e vai té o dia 9 de junho. Mais informações sobre local e horários nos próximos posts. Sem mais delongas, a tabela: