Para abrir o segmento, as honrosas palavras de um dos primeiros articuladores político da CPF, o senhor Benjamim de Moura.
Memória CPF - Benjamim de Moura
Há anos aposentado da CPF, Benjamim sairá do seu retiro paradisíaco para prestigiar a 10ª edição |
A turma de Diogo Argentino (IMP) ficou sabendo dos amistosos e também formou um time. Foi aí que Arthur e Felipe Salgado (OBC) tiveram a ideia de reunir os quatro times para fazer um campeonato. Conversamos com os calouros (Wagner, que viria a ser o maior artilheiro da Copa até hoje, e João) que também conseguiram formar uma equipe.
Time do MSN Em pé: Carlos Regis "Gamarra", Marcelo, Eduardo Maia, Benjamim e Renato Lima. Agachados: Dudu Surf, Leonardo e Arthucano. Bandeira de Serra era xodó da equipe de Benjamim |
O nome da CPF foi uma polêmica desencadeada pelo DA da época, tendo à frente Mariana. Quando surgiram as primeiras sugestões, a gente decidiu que o nome da competição seria escolhido pela direção (Arthur, Felipe e eu) e obviamente estávamos propensos a colocar Carlos Lacerda. Quando soube que estávamos organizando uma copa e qual seria o nome dela, Mariana começou a agitar o pessoal pra que o setor de esporte do DA (se é que existia) assumisse a organização e começou a sugerir uma série de nomes de esquerda. A confusão foi grande e, por iniciativa dos jogadores, decidiu-se que o DA não iria interferir em nada.
Charge de Pequeno no embate MSN x MAA |
Não tenho certeza, mas acredito que Rafael sugeriu que defendêssemos então o nome de Paulo Francis, porque além de representar as ideias de direita, ainda chamaria atenção dos jornais, das rádios e TVs pela figura polêmica que PF sempre foi. Felipe aceitou o terceiro nome.
E ai veio a articulação. Vários nomes foram sugeridos pelas turmas. Além de PF e João Saldanha teve gente que sugeriu Copa Zagalo, Copa Super Man. Na contagem geral JS ficou com os dois votos do OBC. Paulo
Além de João Saldanha e Carlos Lacerda, Um dos possíveis nomes da competição era Copa Super Man. WTF? |
votos.
Além desta, houve a polêmica de Diogo e Dudu. Os dois haviam atrasado o curso por causa do intercâmbio e foi preciso decidir em que turma jogariam: na turma de origem ou na turma em que estavam. Diogo, do
IMP, tava estudando na nossa turma. Dudu estava no OBC. Ficou decidido que o jogador só poderia representar a turma de origem.
A escolha do nome de Patricia Poeta, que começou como amistoso e depois virou copa, também foi parecida. Com uma diferença, a diretoria não tinha direito a voto. Neste caso, as mulheres indicariam nomes seguindo aquela regra de duas por turma e formariam uma lista tríplice para que a direção escolhesse. Cinthia e Ariane votaram em Patricia Poeta que entrou na lista com dois votos. Eu e Arthur convencemos Felipe a escolher este nome.
Belíssima iniciativa! Me senti no cac, votando em Paulo Francis contra o Superman e equivalentes. Bom saber dessas informações privilegiadas dos bastidores. E vamos aí fazer mais um ano dessa história.
ResponderExcluirObrigado pela honra, pessoal. Fico feliz pela vida longa da CPF. Só queria fazer uma correção, o primeiro presidente foi Felipe Salgado, que contou com o meu apoio e com a minha articulação política. Eu ocupo a cadeira inaugural do Conselho Deliberativo da CPF (nem sei se vocês tinham conhecimento dele) porque fui o primeiro dirigente a me formar. Na primeira e segunda CPF eu fui diretor de marketing e comunicação, que na prática tinha o papel de um ministro da Casa Civil.
ResponderExcluirQuis dizer, o primeiro dirigente a se formar.
ResponderExcluirRegistro histórico de alta qualidade. Não sabia de algumas partes dessa história, que agora se tatua na minha memória e que um dia contarei a meus filhos, netos e o que mais estiver por cruzar meu caminho.
ResponderExcluirAbraços,
Diogo.
Benjamim foi um cara fundamental na criação e na manutenção da CPF. Ainda bem que a carreira dele como goleiro só durou uma partida!
ResponderExcluirSe dependesse da galera do D.A da época, a Copa ia ser só pretexto para politicagem e acabaria nem mesmo acontecendo (afinal, o D.A ali já fez alguma coisa?).
Ainda bem que os alunos que nos substituíram mantiveram o espírito da Paulo Francis: gaiato, libertário e insubordinado. Boas lembranças, Benja!
Eduardo Cesar Maia.