quarta-feira, 12 de março de 2008

W50 – A História já reservou o seu lugar



“O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”. A frase do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade é emblemática quanto à importância do número versus o valor da arte. Quantos poetas anônimos já não divagaram em pensamentos silenciosos ao apreciar os passes, os dribles, os gols do atacante do MAA. São cinco anos de história. Cinco anos de memoráveis recordações para todos que, um dia, já estiveram presentes aos jogos dos “primeiros calouros”. Um time que até hoje nunca foi campeão. Mas, graça aos Deuses da Bola, nem só os primeiros recebem o dom da imortalidade.


Puskas, Cruyff, Ademir da Guia, Zico e tantos outros que são reverenciados sem jamais terem atingido uma marca considerada pelo Guinness, nem ganho uma Copa Paulo Francis. Ao se despedir dos gramados, Wagner Sarmento entrará, indubitavelmente, para esse seleto grupo de craques. Pessoas capazes de jogadas geniais. Talentos indiscutíveis. Adultos na arte, crianças na relação com a bola.


Como diria a sabedoria popular, ao invés de chorarmos o adeus, celebremos o acontecido. Então, obrigado Wagner pelas memoráveis jogadas. Obrigado pelos dribles que encheram nossos olhos de esperança de que o futebol do nosso rei ainda estava vivo no nordeste brasileiro. E obrigado, claro, pelos quase 50 gols, que se eternizarão na história da Copa Paulo Francis.


Allez-y, mon camarade!




JB
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. A realeza pede passagem. Falando como amigo - gostaria de ser o arqueiro a dividir este momento de glória. Assim como Magrão teve a benção de contracenar com Romário o Gol Mil do baixinho.

    Pena que o MAA enfrenta os calouros na rodada de abertura, e nosso artilheiro-muso tem tudo para não deixar angústia e a pressão das torcedoras adiar sua (nossa) festa.

    Também proponho - desde já - uma come(bebe)moração para registar esse dia que nosso netos irão sempre perguntar. E nós poderemos bater a mão no peito e dizer:" Eu estava lá".

    Abs

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  2. Grande Fifa. Fico feliz com as palavras e, independentemente do goleiro privilegiago com o gol 50, quero dividir com todos (amigos e inimigos, hehehe) essa conquista. E, quanto à comemoração da quebra do recorde, fica com vocês organizar. Por mim, só uma volta olímpica e umas frescuras mais, hehehe, num precisa de comes e bebes não, deixa isso pra festa de encerramento.

    Brigado ao meu "parceiro" JB pelo belíssimo texto. Espero retribuir tão belas palavras com gols igualmente belos.

    E tô elaborando a minha carta do W50, publico aqui quando tiver mais perto de começar a copa.

    Abraço.

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