quinta-feira, 26 de março de 2009

Carta de Posse - Coordenador Geral


O PDF, escrete do qual faço parte, entrava em campo para fazer sua estréia, em meados de 2007, contra a PIA, equipe dos veteranos e, naquela edição, atual campeã da Copa Paulo Francis. O apito soou para o início da partida. Do outro lado da linha de cal que divide o relvado, figurões como Guilherme Gatis, que hoje empresta nome a um troféu do campeonato. Os desacreditados calouros trocavam passes, sob a batuta do craque Anderson, envolvendo os adversários, num espetáculo memorável, não se sabe se de futebol, de música, de dança, de cinema. Aturdidos pela precocidade dos adversários, os atuais campeões ouviram o estufar seco de suas redes por quatro vezes, antes que o árbitro pusesse fim à partida.

Mas não é do PDF exatamente que trata esse texto, embora não se possa pensar nesse que vos fala sem o escrete verde. Conjugamo-nos juntos. Há dois anos, naquele 4 a 1, iniciava-se minha vida na Paulo Francis. Nesses dois anos, pude dividir o campo com craques clássicos como Wagner, maior artilheiro da história da Copa, nosso eterno carrasco, que alvejou contra minha equipe seu histórico gol de número 50, e que hoje figura no hall da fama do torneio; Guilherme Gatis, já citado nesse texto, com quem meus pés já dividiram algumas travadas. Outros tantos que continuam abrilhantando o torneio, como Rafael Gordinho - a quem devo agradecimentos pelo cargo de que hoje, oficialmente, tomo posse; Anderson, Cazuza, Gustavo, Chico, Rafael, André, Pedro Paulo, Fujimoto - meus companheiros de equipe; Diogo, Boneco de Olinda, Fifa, Henrique, João Lucas, JB, Farofa, e todos os outros que escapam à minha memória, mas que estão, de uma forma ou de outra, inscritos na história desse torneio brilhante que é a Copa Paulo Francis.

Muito mais do que jogadores, porém, vive no cerne dos atletas que fazem a Copa. Os jogadores que fazem a Paulo Francis são, em verdade, personagens de um espetáculo em que o palco foi substituído por um gramado e que, por um gracejo do destino, estão trajados em calções, meias e chuteiras. Vivem dramas shakespeareanos entre o tento e o cruzamento. Sâo protagonistas de embates épicos em que as armas da batalha foram, casualmente, trocadas por uma bola.

Que assim continue sendo em 2009.

Luiz Felipe Campos

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