Algo de podre no reino da Paulo Francis

Sem chão: muito pior do que ter se contundido este ano, foi ter perdido para o RYU ano passado

A ira dos deuses se abateu sobre nós. A mandinga foi solta. O feitiço, conjecturado. O voodoo, confeccionado. O espelho, quebrado. Um gato preto bem deve ter cruzado a estrada e passado por debaixo da escada e, quem sabe, depois, não se deparou com Zé do Caixão? A única certeza é de que há algo de podre no reino da Paulo Francis: o joelho do nosso presidente. Sim!, para quem não ficou sabendo da fatalidade ainda, que leia todas as letras, em caixa alta, negrito e outros recursos tipográficos: RAFAEL MAGAL SOFREU UM SEVERO ACIDENTE.

Há quase duas semanas, enquanto treinava para um dos maiores campeonatos de futebol de que se tem notícia desde a Grécia antiga, o nosso excelentíssimo e honradíssimo presidente, na hora de esticar a perna, acabou foi esticando demais. Por sete dias (número macabro, número da besta-fera, do cachorro do cão, dizem por aí), ficou convalescendo confinado em sua casa de praia nas Bahamas, que adquiriu semanas depois de ter sido nomeado líder maior da CPF. Mas essa é outra história... para o STF resolver.

O presidente – que também é goleiro do RUN, reconhecido pela sua bela defesa na final contra o BAU no ano passado – já fez uma ressonância magnética de corpo inteiro e está tomando uma série de remédios para cessar a dor. Contudo, já foi visto tomando uma cervejinha e uns dopings no Capibar, sábado passado, um indicativo de que talvez o problema não tenha sido tão sério. O laudo médico deve sair até o final da semana. Se tudo ocorrer bem, ele poderá jogar três ou quatro das últimas partidas do campeonato deste ano. Se não, só sobra aos membros do RUN e aos apreciadores do futebol-arte de Magal esperarem para o ano que vem.

Boa sorte, velho presidente, que os bons ares tragam uma cura para a sua ferida.

IMPIEDOSA

Impiedosa. Talvez seja esta a palavra certa para definir a Copa Paulo Francis. Há anos que a História do campeonato vem se recheando de casos de ferimentos, machucados, chagas (todos sinônimos) e contusões. Nem todas as lesões ocorrem dentro da Copa, mas sempre interferem, ou estão diretamente ligadas a ela. Há uma áurea estranha envolvendo a CPF, que faz dos seus jogadores mártires. Talvez seja o espírito do próprio Paulo Francis, que nos enviou – seus discípulos – a Terra para sofrer pelo povo escolhido.

Confira o infográfico abaixo com algumas lesões desde 2007: