Clube dos Subtenentes e Sargentos da PM. Quando se entra , vê-se o campo lá no fim e muitas, muitas camisas coloridas. Em meio a elas, um ser enferrujado corre, de um lado para o outro, tentando resolver pimbimas e mazelas para a Copa começar. "Copa", pensávamos nós, um torneio de futebol com festa depois, assim como tantas e tantas confraternizações espalhadas pela Veneza. Ledo engano. A Paulo Francis é, antes de tudo, uma fábrica de sorrisos e memórias.
Revendo as fotos dos jogos, das festas, mas principalmente das pessoas, não tem como não abrir um sorriso e se pegar rindo alto, relembrando de ter sido roubado no jogo, da música não pegar direito pelo mau contato do cabo de som, do goleiro frangueiro fechar o gol justamente contra o seu time, de quedas em festas com pisos molhados. Não tem como não lembrar, não tem como não sorrir, não tem como não olhar para o calendário.
A Copa se aproxima a passos largos, e a fábrica de memórias já está a todo vapor. Ironicamente, quando você começa a pensar em momentos especiais, fica muito difícil escolher. Em meio a tantos momentos únicos, você percebe que a Copa toda é única. Desde o primeiro post da nova edição ficava clara a ansiedade. Ao subir a pequena rampa do Clube dos Subtenentes, mal imaginava como aquela rampa seria longa. Por sinal, não acabou ainda. Muito pelo contrário.
Este vídeo acima é de 2011, mas diz tudo que a Paulo Francis pode representar na vida dos estudantes de Jornalismo da UFPE. Sem editores chatos (?), com cobrança, com xingamentos, com canelas quebradas, com braços doendo até para dar um tchau. Com calouro se achando a bala que matou Cazuza (sem trocadilho com a própria Copa) e com veterano se portando como calouro. Tem Grinch, tem pelota guardada, tem Devassa. E devassos. Também tem troféu quebrado e juiz ladrão. No final, todo mundo se diverte. E não esquece.
Mateus quando soube que a CPF estava chegando |
Ao invés de só dizermos "bem vindos, calouros", teríamos de dizer "welcome back, Paulo Francis, we missed you".
Só na Copa tem gente que vomita rosa.
Maurício Penedo, capitão da merda e vice-presidente da CPF