Porém, não é só de glórias que vive um time. A PIA levou a maior goleada da história da CPF, um chocolate de 18x0, contra o MSN (lembra a final que o RUN levou de 8x1 do PDF?). Mas isto foi apenas uma pequena mancha no seu histórico honrável. Pioneiros no uso de uniforme e com um aproveitamento extraordinário nas três últimas CPFs que participou, a PIA é a grande homenageada do Memória CPF de hoje.
Entenda toda a trajetória através das palavras de Carlos Figueiredo:
A Laranja Mecânica da PIA vingou Cruyff e cia na CPF
Antes de vestir laranja, a PIA jogava de colete, assim como os outros times. Na imagem, jogadores discutem táticas |
Jogávamos um “futebol total”, de total entrega, sempre honrando nosso uniforme e a bela torcida que acompanhava nossos jogos. As torcedoras eram tão fanáticas que chegaram a torcer contra os seus então respectivos que defendiam em outras agremiações. Tudo em nome do amor pelo escrete laranja. Tanto que até hoje pedem para que façamos um jogo de despedida, apenas pelo prazer de ver por uma derradeira vez a magistral laranja mecânica.
O professor Clériston nunca negou seu apoio à PIA |
Ao fim das jornadas futebolísticas, Bruno fazia questão de parabenizar cada companheiro. O prazer de vestir a camisa laranja era maior que qualquer vaidade que esse grande craque pudesse ter. Envergar o manto laranja, estar com seus companheiros era seu combustível. E isso bastava a esse extraordinário craque. Era diferenciado e sabia disso, não precisava de autoafirmação. Mas há outros valores dignos de nota. O que dizer do “paredão” laranja, o inexpugnável e intransponível, Édson Alves Jr? Ou do nosso motor e capitão, Leonardo Vasconcelos, sempre suando sangue pelas vitórias laranjas, sempre com uma palavra de incentivo para os seus companheiros, nunca se abatendo?
DRAMA: Guilherme Gatis, que daria nome ao "Prêmio Chiliquenta", lamenta derrota de 18x0 contra o MSN |
Outros craques tiveram que abandonar a máquina laranja da PIA, que ao contrário do time liderado por Johan Cruyff nas Copas de 1974 e 1978, levantou a taça mais cobiçada do mundo em 2006. É importante lembrar André Kano, uma espécie de Rivelino de olhos puxados, jogava sempre de cabeça em pé, com maestria.
Shinji Kagawa, do Borussia Dortmund, ou Hidetoshi Nakata, que chegou a ser comparado com Falcão em Roma, não engraxam a chuteira dessa legenda oriental. André teve, por motivos de força maior, que se aposentar da CPF. Diogo Campos também não pode passar sem uma lembrança. Abandonou o jornalismo, mas nunca a Laranja Mecânica. Jogar ao lado desses valores futebolísticos e intelectuais com certeza é parte da minha formação como ser humano, e só tenho a agradecer por essa honra.
Foi 8x1 a final do RUN contra o PDF em 2009!
ResponderExcluirGol de goleiro (Magal), sim!
ResponderExcluirErro corrigido.
A gloriosa vitória da PIA em 2006 foi toda registrada em fotos. Este arquivo histórico está disponível no site http://www.flickr.com/photos/turmadapia
ResponderExcluirCarol, Carol, Carol.
ResponderExcluirGracias!
Putz, li o texto agora e revivi grandes momentos. A CPF foi uma das coisas mais legais do curso. A PIA foi (talvez ainda seja) o time com a identidade mais marcante da copa. Agradeço as palavras de Carlos por me comparar a Maradona. Mas a força da PIA era nosso conjunto, o time todo, com o apoio da torcida, que comparecia a todos os jogos.
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