E é chegado o fim

7 semanas, 6 rodadas, mais de 20 jogos. O fim é triste até para os que venceram... Vocês podem tentar mentir para si mesmos. Outro dia ouvi Gustavo comentando: “Caramba, quero que essa Copa acabe logo! Não agüento mais esse blog...” Ah, meu querido Gustavo! Que atire a primeira pedra aquele que nunca fingiu desejar estar longe do seu amor. Meros fingimentos. Sei que as duas medalhas que você ganhou não só curaram a sua mágoa fingida como também já deixaram em você um sabor de ansiedade pela Copa Paulo Francis 2010. O porquê de tudo isso? Não sei explicar, mas durante quase dois meses grande parte dos alunos de Jornalismo da UFPE tiveram apenas um amor: a Copa Paulo Francis. Cada um tinha seus motivos e seus segredos. Cada um aguardava ansiosamente chegar o sábado...

Alguns queriam se vingar do jogo perdido na semana retrasada ou no ano passado, outros queriam fazer o primeiro gol de sua vida, outros queriam tirar fotos, outros queriam beber, outros queriam rir, e outros – claro que nas entrelinhas de cada qual – queriam cruzar olhares com alguém especial (ou com alguém que estava começando a se tornar especial). A Paulo Francis é isso. Ela mexe com aquilo que temos de mais humano: o sentimento. A paixão pela bola, pelo amigo, pelo apito, pela paquera. A raiva pela derrota, pelo árbitro, pela lei seca, pela distância de Olinda até Boa Viagem. A saudade dos gols de Wagner, da narração de Juma, da meia-calça azul de Lucas. A surpresa pelo retorno de Gatis, pela aparição do irmão desaparecido de Farofa, e pela revelação de Sidney Magal, que nos enganou direitinho durante toda a Copa, só mostrando a sua verdadeira identidade no último momento. A incerteza no momento de votar na melhor torcida, já que praticamente todas foram primorosas. Um parabéns especial para vocês, PDFeiras, VTUzetes, Ryuzinhas e RUNners. Tenho certeza de que toda vez que eu passar perto daquele campo escutarei o eco agudo de suas vozes ecoando pelos arredores de Boa Viagem. Aos agregados do nosso PDF, Vinícius, Luiz Paulo e Roberto, nossos mais sinceros agradecimentos pela energia e pela torcida. Parabéns também pelos times femininos que, pela primeira vez, conseguiram realizar uma Copa Patrícia Poeta com rodadas e finalíssimas. Por sinal, que grande final! Difícil foi manter as pernas firmes para jogar após assistir a cobrança de pênaltis de dois times que lutaram bravamente até o último minuto do jogo. Chun-lis e Runners, parabéns!

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Aliás, parabéns a todos nós, pois nos fizemos amigos. Quebramos um dos maiores tabus do mundo: de que na faculdade só formamos colegas.

Nós, alunos de jornalismo da UFPE, nos deixamos ser amigos e amantes, mesmo que por apenas 7 semanas. O que importa é que nos deixamos ser.

Fico por aqui, pois as lágrimas já descem o rosto, um nó sobe à garganta e as mãos tremem. As outras tantas emoções prefiro não expor, pois falar do que acabou me dói. Guardemos, então, na mente de cada um.

Cazuza