À Família Laranja

Este texto não tem a pretensão de ser colorido ou imparcial, companheiros cêpêéfianos. Mas carrega a intenção de comentar a trajetória laranja na Copa Paulo Francis em 2011. E não tem como objetivo falar sobre jogos ou vitórias, mas sobre times.

Não adianta lembrar apenas da equipe masculina, de Maradonida sendo “ovacionado” pela torcida do RYU, de Resk chilicando (como sempre) ou de Terni Farofinha implorando por um gole de energético bem no meio da partida (putaquépareo). O time feminino, composto pelas jogadoras mais bonitas do campeonato mais importante do universo, tem tanta imponência e potencial quanto os marmanjos.

Pela terceira vez consecutiva, o RUN entrou em campo para disputar as finais da Paulo Francis e da Patrícia Poeta. Conseguimos garantir nossas vagas na final em todos os anos em que jogamos a Copa até hoje. Conforme consta na memória CPF, esse feito só o nosso time alcançou na história do campeonato.

Um breve histórico: Desde quando nos deparamos com a CPF (graças a um arrumadinho chamado Listão de aprovados em Jornalismo – UFPE 2009), entendemos que não se entra em campo pra brincar. E fomos finalistas. Os dois times. Por uma pirraça do destino, que insiste em não permitir que calouros estampem medalhas de ouro no peito, não fomos campeões. Mas estávamos ali, no pódio, recebendo a prata que nos cabia. Em 2010, distantes dos agouros que Paulinho Francis (RIP) continua a lançar sobre os foquinhas e marcando presença nas finais novamente, levantamos as taças. As duas.

Adentramos 2011 com a cabeça erguida que se espera de campeões. E com sede de dobradinha no bicampeonato. Mas que não seria fácil para nós, por problemas internos, a gente já sabia. O time masculino não pôde contar com todo o esplendor de seu goleiro-muso-presidente Rafael Magal, que rompera o menisco antes de ter início o campeonato. Eduardo saco-de-pancadas-cocaína-e-loló-surrupiador-de-bolsas-da-Sadia Donida, após ter sido torturado na final de 2010 (a ponto de não ter comparecido à memorável festa no Castelinho), vinha de um ano de fisioterapia. O guarda-redes Fernando Sposito que, segundo boatos, já estava consagrado como revelação da CPF 2011 e seria o reforço do RUN, não apareceu.

Apesar dos pesares, das chuvas e das lesões, bola pra frente. Com Mano, antes zagueiro, assumindo o gol, Vitor e André Wally compondo a zaga, Terni simbolizando a raça como centro-avante, Donida embelezando a copa com o mais puro futebol-arte e Resk se esbaldando na banheira sustentando a braçadeira de capitão, jogamos. Chegamos à final, mas, desta vez, nosso mérito não foi dourado. O título foi levado pelos verdes do PDF, responsáveis por uma invejável campanha na Copa.

As meninas Thaís-presidenta-Vidal, Flávia, Julia, Lorena-essa-menina-joga-muito, Mila-do-meião-Sthefany, Cami-sra-Resk e Anna pisaram o gramado com a mesma ambição masculina. Conquistar mais uma final e o bicampeonato. Mostraram futebol, adicionaram à Patrícia Poeta o que ela precisa de charme e candura, apanharam (“Futebol não é jogo pra menininha”, diz caloura FDM) e dançaram em campo. Campeãs, são as responsáveis pela terceira estrela que o RUN faz brilhar na camisa.

A Copa Paulo Francis não se resume aos jogos com ou sem chuteira nos gramados sintéticos, mas isso nem precisava pontuar. É união, integração e diversão compartilhada, sem contar as naturais intrigas causadas pela convivência. É quando gente barata e bebida bonita se unem para fazer com que seis semanas inteiras presenciem o que se pode chamar de camaradagem. E o RUN, hoje, se orgulha de poder parabenizar André e Lolly por receberem os prêmios de Cara e Nega Paulo Francis, representando o espírito de festa e de colaboração tão presente nos que participam da Copa. E de colocar, também por três anos consecutivos, um muso delicioso nas paradas de sucesso. Além disso, é um prazer poder agradecer imensamente à nossa torcida (premiada!), que se fez notar em todos os jogos, fazendo a diferença dentro e fora do campo.

É isso o que o RUN representa desde quando se viu amalgamado sob a bandeira laranja, mesmo tendo ganhado fama de maus festeiros e péssimos perdedores logo de cara. Um time unido, irmão e que se faz família não só no calor do campeonato, mas nos prés e pós Copa Paulo Francis.

Obrigada por tudo, time laranja, e rumo a mais estrelas!

PS: “Ei, Dudu, vai tomar no cú!
Nos mais carinhosos termos possíveis.