Tchau, CPF! - o adeus de R9.

Nossa história começou em 2008. Éramos então apenas projetos de jornalistas. Muita empolgação e pouca habilidade nos fizeram entender logo de cara o espírito da Copa. Se as aulas do primeiro período de jornalismo não foram interessantes o suficiente para segurar os alunos para o segundo semestre (sim, ainda no primeiro período tivemos o nosso primeiro e mais sentido “abandono”), a CPF nos serviu como uma ponte para a verdadeira amizade que começava a nascer. Tentamos, suamos, lutamos até o final de cada partida, mas na nossa primeira participação na Copa, apenas resultados negativos. Alias... não apenas. Ganhamos o nosso primeiro (e único) título. Broder Paulo Francis. Tudo bem que este foi um título autoproclamado, mas os nossos adversários (que nunca chegaram a ser nossos inimigos, muito pelo contrário) aceitaram imediatamente. Éramos o time que só perdia, mas que não se abatia. Entrávamos sorrindo e saíamos, mesmo que derrotados, felizes. Durante as aulas, nem sempre fomos tão próximos uns dos outros. Mas quem precisa de aula quando podemos simplesmente nos encontrar aos sábados para festejar, sonhar e bater uma pelada?

Bom... com o passar dos anos, fomos nos aproximando ainda mais e tivemos a felicidade de receber um reforço de peso. Pedro Ken, que acabara de subir das categorias de base (Radio e TV), escolheu defender as cores do RYU e assim fez a nossa equipe subir de qualidade. Eu tive a honra de dividir, nos últimos 4 anos, os meus sábados com pessoas sensacionais. Ferrugem, Rambo, Davi, Peterson, Aaron e Pedrão. Verdadeiros guerreiros dentro dos campos e amigos fora deles. Tive a honra também de conhecer inúmeros outros craques da pelota que, apesar de jogarem em outros times, bebiam das mesmas cervejas e jogavam as mesmas conversas fora. Não vou arriscar colocar nomes aqui para não cometer injustiças, mas eles sabem bem quem são.

Vivi (vivemos) intensamente todas as edições desta copa. Para os que não sabem, fui durante dois anos o “cara do som”. Carreguei nas costas durante 6 sábados por ano, duas caixas, uma mesa de som e vários microfones e cabos. Parece não ser muita coisa, mas precisava ser sempre o primeiro a chegar e o último a sair dos jogos. Fiz isso com muita alegria, orgulho e dores nas costas. Sempre com a ajuda de vários amigos que se dispunham a carregar uma caixa ou tirar uma onda com a minha função de  “burro de carga”. Tudo valeu a pena.

Entramos nessa última edição com o coração apertado, mas estamos fazendo bonito. Nossa torcida continua forte. Nosso time continua unido (apesar da ausência do nosso goleiro Davi – e que ausência!!). Nossas festas continuam FODA! E nossa humildade continua perdida por aí! Nos autoproclamamos os Broders Paulo Francis. E defendemos esse título com unhas e dentes. Somos, na minha nada humilde opinião, o time que melhor representa o espírito da copa dentre os atuais competidores. Mas não somos os únicos. E nossas vitórias e glórias só foram possíveis graças aos demais times com os quais tivemos a honra de dividir os gramados! (Um abraço especial para o nosso querido RUN, freguês e oitavo integrante do RYU)

Aos que tiveram a paciência de ler este mal escrito texto até o final, fica aqui a minha gratidão e minha sincera tristeza por deixar de competir no maior evento esportivo do planeta. Fica também a alegria de poder dizer que, graças à CPF, hoje eu tenho vários amigos do peito e várias histórias pra contar!

Ainda jogaremos a final contra o nosso “querido” FDM, mas o resultado do próximo jogo pouco importa. Para mim, nós já somos os campeões!

Rafael Pata-de-Elefante R9 Ex-Gordinho Moura (Capitão, goleador, líder espiritual e praticamente dono do RYU)