Não lembro quando ouvi pela primeira vez falarem sobre CPF e CPP, nem de quando nos obrigaram a usar preto no uniforme e gastar dinheiro e tempo procurando um lugar para fazer uma festa. E olha, em quatro anos de curso o BJU nunca conseguiu dar uma festa boa quando tentou fazer isso sozinho. Não nascemos para tal tarefa, mas provamos que a alcunha de flop ficou no passado, logo no começo, com a recepção nada amistosa dos nossos veteranos. Morsas. Quem escolheu esse bicho pra representar a sala? Bem, longa história. A sigla então, vai morrer com a gente.
Sobre nossos veteranos, os bidus, esses se tornaram nossos maiores rivais em campo e amigos nos bares e festas (Um abraço, MBP!).
Tudo tem começo, meio, metade desse meio, uma eletiva entre tudo isso e o derradeiro fim. Começou em 2014 com uma conturbada entrada em cena, mas com um final de temporada glorioso. Campeões! Os primeiro calouros a levantar uma taça na Paulo Francis. Tivemos ajuda de um personagem inesquecível, o intercambista Michael, apelidado de Asamoah. Voava em campo e bebia como um balde sem fundo nas festas. Por falar nisso, tivemos sorte, intercambista na nossa sala era mato, mesmo sem jogar, agregaram valor ao grupo. Teve português, alemão, Francês.
Maestro Forró cantando sucessos de época com o BJU e convidados em 2014. |
Vivemos no crítico período de festas de prédio das copas. Sem salões disponíveis, a gente se virava pra fazer social nos mais variados espaços. Pias quebradas, gente de cueca branca na piscina, preservativo em estacionamento, carta de reclamação da síndica, e até em eventos spin off da copa tivemos dona Carla ligando pra saber quem tava usando a casinha de bonecas do playground para ‘namoricos’ impróprios. Abraço, Dona Carla!
Protagonizamos vexames que ficaram escritos no hall de desgraças engraçadas desse curso. A tal diáspora da Zona Norte fomos nós que organizamos. E em tempos de Estelita, justamente num prédio onde morava um desembargador metido com o rolo todo entre PCR e PF. Fizemos uma noite que estava fadada ao fracasso ser divertida até mesmo depois de sermos expulsos de dois residenciais em menos de três horas. Épico. E não adianta dizer que é exagero, nós vimos e lemos muito sobre tudo.
A diáspora em 2015 |
A gente viveu a Concha da UFPE com calourada a 2 reais e uma banda de reggae horrível, pegou o auge das muriçocas no bar do pinto, curtiu a raizada do cava, rasgou as costas passando pelo buraco na grade da torta que fica de frente pro bar, só pela preguiça de andar por mais 1 minuto e 32 segundos. Ajudamos a organizar a semana de jornalismo, vimos Antônio tocar Let It Go no violão na frente de um monte de gente chapada na CPF Musical. É, acho que foram tempos de ouro. Passaram rápido e as obrigações chegaram rápido demais.
BJU Feminino prestes a tomar um gol, mas sempre em ação |
No fim a respiração já ta lenta, já que o estágio consome todo o espírito jovem e até a presença nas festas fica duvidosa. Mas seguimos bebendo como sempre, porque pra isso não nos falta empolgação. Criou-se o hábito de comparar algo “flop” a nossa turma como se nada pudesse ser mais sem graça, mas a gente sabe se divertir sim. Mostramos isso nos quatro anos de curso e em todas as nossas presepadas. Em campo fizemos as vezes do vasco, mas também fomos vitoriosxs, chatxs, cabulosxs e amigxs. A gente vai recordar disso tudo com carinho. Por isso a despedida é fácil. Não deixamos dívidas, nem desavenças, só as boas lembranças de seis anos que precisam ser encerrados. Até logo, queridos.
Comemoração do título em 2014 |
Com amor,
O número
É O FIM
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