quarta-feira, 22 de maio de 2019

RESENHAS - 3ª RODADA - CPF

BJU x PCC (WO)

Uma semana cansativa, repleta de dias mal dormidos até chegar o derradeiro sábado. 6:15. Toca o despertador ao som de The Devil in I, do Slipknot. Café frio na garrafa, pão dormido recheado com aquele ovo frito no resto de manteiga na frigideira da noite anterior. Movido pela força do ódio diante de um dos jogos mais importantes em sua trajetória de CPF, Marlon aka menino do Janga, acordar motivado após 4h de sono. Porque, acima de tudo, não era um jogo comum. Era o PCC. Time do qual ele não aceitava tropeçar de maneira alguma em busca do tricampeonato da Copa Paulo Francis.
O trabalho motivacional do técnico/presidente do BJU já acontecia com força desde o início daquela semana. Mensagens matinais no privado de cada atleta seu, com incentivos, imagens de bom dia e figurinhas de 'vamo dale, porra' fazia parte desse script. Mas para o sábado, algo diferente estava reservado. Ele não falou com seus colegas individualmente. Eles estranharam e, com espanto, perguntaram o que houve, no grupão das morsas. Marlon apenas mandou esperarem um tempo. Surgem vídeos de alto teor emotivo. Mães, pais e familiares dos atletas BJUenses mandavam forças para cada jogador. Lágrimas se espalharam em cada canto da Região Metropolitana do Recife. Os velhos garotos foram com muito gás em direção à Internacional Superstar Soccer Deluxe Stadium Of Confrontation and Sarration.

Marlon começou sua peregrinação de Paulista até a Madalena. Saindo de casa às 11h, ele caminhou por léguas até encontrar civilização e poder bater aquele PF no pega bebo. Arroz, feijão preto com osso de patinho e um copo de cerveja ao lado. Ele estava nutrido para o embate.

Após mais 1:30 de caminhada, sob o escaldante sol pernambucano, Marlon avista o Conjunto Beira-Mar (Derby). Lotado como de costume, a condução fez com que Marlonhero tivesse que ficar na catraca, carregando sua mochila de 15kg com material de fotografia. No papo com o cobrador, ele fez o cidadão de 59 anos chorar com toda a história que ele fez em prol de seus companheiros. Com o desejo de boa sorte e horas em um longo trajeto regado a fedor de peido, ele chega no Derby. São 17:30. Sua partida estava próxima. 

Na correria de sempre, Charlinho do Janga chega ao local. Seus companheiros de time já estavam lá, com sangue e lágrimas nos olhos, dispostos a matar e morrer pelo técnico. Após calorosos abraços, chega a hora da preleção.  A trajetória de vida de Marlon é contada pela 74ª vez aos amigos, que se emocionam novamente e prometem a vitória. O apito soa. É a hora do confronto.

Ao entrar em campo, cadê o PCC? Os Rebeldes farraparam. Marlon olha para o céu com ódio. Esperava a oportunidade de marcar seu primeiro gol em seis anos de CPF, como havia planejado em diversos momentos de sua trajetória. Mas ficou para a próxima. Restou apenas o consolo por vencer por WO, e beber Brahma quente no bar do Internacional. Enquanto este texto foi escrito no domingo, ainda não há registros da chegada do satanista gospel ao seu reduto em Janga City.


THC 3 x 0 MCB (vitórias) //  3 x 2 (placar)


THE GREY RACE

Esse foi o texto que mais custou sair nesse blog até o presente momento na atual temporada. Talvez pelo peso da partida e misto de emoções que ela trouxe para esse que vos narra, em poucas palavras, um pouco do que foi esse espetáculo. 

Em resumo, esse jogo foi tão enérgico quanto um show de Ivete Sangalo com 3g de nine no nariz e uma lata de redbull sabor café pilão sem filtro na mão, e tão recheado de momentos marcantes quanto um pastel de feira com oito sabores no recheio, sem direito a dois tipos de queijo. É o show da CPF em duas palavras: MEU IRMÃO… 

Depois de apagar a chama acesa que alimentava a esperança do IML em seguir vitorioso na segunda rodada e partir para as próximas partidas com grandes chances de ir à final, o MCB prometeu no texto inicial desse temporada que iria vencer. Firmes disso, vieram com a cabeça leve para o confronto contra o tão fragilizado e desfalcado THC. 

Sem o pé de cristal Raí, que ao provar um All Star na esposende teve uma fratura em três dedos do pé esquerdo, pois tem sola do pé muito delicada, o time dos cinzas trouxe um agregado que mal se exibiu antes do jogo. Calmo, cauteloso e bem educado, Geraldo ficou o tempo todo perto do muro que fica atrás da grande arquibancada invisível do tecnológico estádio da CPF & CPP. Um homem discreto, ninjando os adversários sem esboçar nem mesmo uma sorrisa de “boa tarde, meus consagras!”. Na tarde daquele sábado, Gera guardava um presente inesquecível para os beges ex-calouros. 

Carpina, Camüller, Vinigol, Gera Bomba Patch e Wagner, o imortal. Era essa equipe que enfrentaria o forte MCB, que tinha resgatado Vinicius do limbo do inferno de onde ele mora e o convencido a jogar a partida depois de duas rodadas sem dar o ar de sua graça. MCB com Renan, o líder dos Beges e Mini Hank, do comandos em ação edição esquadrão anti-chamas, com sua bermudinha de aprendiz de bombeiro de chácara somado a Paim, Pedro Kaká, Vinicius Caça Rato, Ytálouco, Marcelo Danone, Uga-Uga Blade Runner de Caras & Bocas* e mais. Theon Greyjoy não compareceu ao jogo, mas torceu do set de filmagens de GOT, de onde acompanhava tudo muito maravilhado. 

Partida iniciada e uma saraivada de erros acompanharam ambos os times, com sede de vitória, até o primeiro gol. Quem mostrava bom desempenho em campo era o misterioso Gera, que aos poucos demonstrou imensa habilidade com a bola e se tornou o mais cotado da partida a levantar o caneco de Homem do jogo. Camila comandava os passes seguidos de Gera, com Carpina cobrindo a retaguarda e Vinicius fazendo as vezes de David Luiz, sem ficar quieto em posição alguma, só esperando a chance de tacar o pé na bola e estourar um culhão.

Sem desepero o MCB começou a descobrir as brechas e avanças para o ataque, permanecendo em posição de gol por minutos. Sem a conclusão correta do passe Paim já juntava energias para estapear a cara de Marcelo, que por algum motivo estava desconexo do jogo, em outro plano astral. Até que, como num toque de Deus em seu coração, o rapaz despertou a força de Shiriu Cego com a caixa do glovo nas costas e disparou em frente, seguindo a emocionante linha do gol e deixando Wagner parecendo motoqueiro de CB300 quando é ultrapassado por Mobilete de papudinho. 

O primeiro gol tardou, mas saiu. MCB se congravada o líder do pedaço e confirmava as apostas. Além da saca de café em alta, estava também o pé de Marcelo cotado em R$33,25. Ouro puro. Mas aí, só deus sabe o que aconteceu. Descuido, falta de organização e muitas trapalhadas do parceiro de campo Uga-Uga e um gol de Vinícius. Abrindo o placar do THC, empatando o jogo e jogando óleo na panela. Era a hora mais esperada do jogo, a hora da PIPOCA. 

Em números, o MCB nunca venceu o THC. No ano passado estreou bem, mas caiu diante do times de pseu-maconheiros responsáveis pela balbúrdia na Universidade Federal. Perderam nos jogos normais e na disputa pelo terceiro lugar. Não seria diferente naquele sábado… 

Num surto psicótico, gritaria e muita avacalhação, o menino Geraldo liga o modo Bomba Patch, deixa tocar o fundo a música mais triste do Linkin Park e atola mais um gol por debaixo da bermuda de boneco de Renan. “Caos mental geral”, como diria Redson ao nomear aquele lindo disco de punk nacional. Numa sucessão de falhas inomináveis e numa afobação indescritível o MCB ligou o modo Karintó e todos os jogadores pareciam o “chineizinho” do pacote. Mais um gol do THC, agora de Camila, que com um sorriso que costurava o cu de Sebastian Vettel de um lado e o de Toshiro Kubayashi do outro (um de cada lado do mundo, gente) confirmava mais um terrível desfecho para os beges. Incrédulos, sem ação, buscando uma reação quase impossível e um modo de desfazer aquele misto de cagada com mijo… ao anúncio do fim do jogo pelo bandeirinha, seguiu-se o protocolo de apitar apenas após o término da última jogada. Lance que rendeu uma falta, segurou por mais de 35s a partida e deu a Pedro Kaká, dessa vez com fé no pai celestial, a chance de diminuir para os beges. THC 3 x 2 MCB. Desabava em campo Renan, ainda ouvindo os últimos acordes da linda guitarra de Numb, e olhando para o céu se perguntando “Carai, man, que bexiga foi isso?”. 

O legado do THC invicto contra o MCB continua. Acredito eu que nasceu, já desde a última temporada, uma rivalidade incrível, e se confirmou um carrasco. Três vezes vencedor, o THC carrega consigo a bandeira da morte anunciada do MCB. Um time tido fraco cravou o respeito no peito do time tido como imbatível. Mas é CPF, tudo por acontecer, inclusive o impossível. Raí? Não sentimos falta.

IML 5X3 GDE

Antes mesmo do confronto, a pesquisa de boca de urna no grupo @gdemedieval já previa uma provável vitória IMLhama, apesar do lobby reverso; entre brincadeiras aqui e acolá todavia, dentro de campo se viu copiosa disposição de ambas as equipes, ambas desfalcadas de seus goleiros titulares. Nesse cenário, enquanto o resto dos jogadores performava uma partida normal, Diego acá Borges executava o nostálgico barra a barra, prática muito usual durante a sua infância em barra de jangada. O goleiro-artilheiro meteu logo dois gols: “own quem é esse cara, e o que ele fez com Diego?”, questionou Vítor D.A. surpreso com o desempenho do companheiro. Em seguida tivemos o gol solitário de Dudu Bolshoi Pharrell Nobre, 3x0. Ali gerou-se um princípio de abatimento nos calouros, o que surpreendentemente perdurou por pouco tempo, pois renovados promoveram um salseiro na 2° etapa. Começava então o fulgor do Cacique Raoni, primeiro numa bola parada meteu-lhe no ângulo da barra, chute forte e preciso, nem se o goleiro tivesse quatorze braços alcançava; depois por meio de arrancadas e dribles conseguiu conceber mais dois e, assim, incutir uma fagulha de esperança no peito etílico dos minecrafteiros, por consequência certa desconfiança no dos coveiros. Apesar do Poker-Trick do Vovô Borges, o jogo terminou tenso: Maik e Lufe trabalhavam na defesa de suas respectivas equipes, Klisman reclamava do apagão coletivo, Clarice D.A. gritava do lado de fora, mas no fim deu IML, 5x3 no placar sobre o GDE, vitória que nos pós-jogo gerou até meme no insta, é né. 

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