Continue, RYU! - epílogo cinza.

Este é um post de explicações.

Ano passado, o RYU preparou-se para dar adeus aos gramados paulofrancianos. Turma das mais presentes, desde 2008, imagem maior do conceito de brodagem que rege a competição, eterna entusiasta de tudo que a CPF envolve e representa, decidimos nos despedir à nossa imagem e semelhança, com todo glamour e autorreferência possíveis. E assim foi. Desde um emocionado relato de minha autoria, falando de nossa iniciação e do que representa a copa, dando boas vindas aos calouros (aqui), passando pela apocalíptica festa em recanto tribal, de localização conhecida apenas pelos iniciados (aqui!) e concluindo com narrativa histórica, uma arrebatadora de lágrimas, de Matheus Rambo "Torreão" (chore aqui), cunhamos, da forma que melhor entendemos, e melhor não poderia ser, o epitáfio cinzento. Muito além do que planejamos, contudo, e onde tudo culminou, chegamos à final inédita da CPF, em um dia no qual todos os times vestiram cinza, em comoção sem precedentes. Jogamos, bebemos, choramos e adeus, fiquem bem.

2013 nos reservava alguma surpresa, contudo. E das mais bem vindas. Envolvidos em certas dificuldades na formulação da tabela para o presente ano, a recém empossada chapa presidencial da CPF nos perguntou, como quem não quer nada, se não nos seria possível juntar os velhos trapos acinzentados, já guardados no fundo dos respectivos armários (ou emoldurados nas paredes dos respectivos quartos), e participar em mais uma edição. "Olha, a ideia é boa, amamos a Copa, mas dificilmente teremos elenco". "Pois vejam aí, que o que pudermos adaptar nas datas, o faremos". "Pois veremos". E vimos. Não é que estamos ainda todos por aqui? Como negar esse convite quase materno? O filho pródigo a casa não sempre retorna? Pois retornamos. 

Afastaremos os holofotes dos nossos já desgastados corpinhos, manteremos uma postura sutil e reservada (tipo isso), pois a Copa tem novos protagonistas, gente jovem e animada, cheia de boas novidades para acrescentar. Mas participamos, e queremos o título. É um prazer, portanto, estarmos novamente com vocês, com toda nossa brodagem e experiência, para vivermos juntos o epílogo cinzento.

HADOUKEN!

Com toda paz e serenidade que a aposentadoria da direção concede,

Daniel Ferrugem, capitão do RYU.

O coração vai ter de aguentar um pouco mais de RYU