Expectativa CPF: DPC busca superação

DPC masculino, que sempre teve dificuldades para vencer, hoje se encontra com dificuldades para jogar.

Já deixou de ser piada. Já não tem mais graça. O Dez Por Cento, que no segundo ano de competição conseguiu a inédita marca de uma única vitória em dez jogos (vejam só, um supostamente intencional aproveitamento de 10%), chega ao seu quarto ano de copa lutando contra si mesmo, suando para ter míseros quatro atletas e não perder por W.O. "Uma vergonha", dizem alguns. "Uma tristeza", dizem os que vestem o mando roxo. O time masculino só tem confirmado três atletas: Igor, Vini e DecoPi.

A sala já iniciou atrás, com apenas 14 rapazes entre os 50 aprovados no vestibular 2010. Destes 14, alguns não poderiam jogar pela dificuldade de interagir, outros por problemas nas articulações ósseas e há, ainda, aqueles que rejeitam o nobre esporte da bola nos pés por terem sofrido bullying durante a infância. Whatever, o DPC entrou em campo. Iniciou com o goleiro mão de lodo, que viria a ser substituído pelo Goleiro X, uma das revelações daquele ano de 2010. Ano em que o DPC conquistou, ainda como calouros, a sua única vitória na história da CPF. Vitória que ainda orgulha. Os roxos derrubaram, de virada, o PDF, campeão do ano anterior, quase dois anos invicto e até hoje o melhor esquadrão que desfilou no gramado cpfiano. Mas foi a única. Não evitou que os dezporcentistas amargassem a lanterna daquele ano.

A lanterna se repetiu em 2011, desta vez sem um ponto sequer. Em 2012 as coisas pioraram. O mesmo suor, derrotas apertadas... mas com uma diferença: duas derrotas por W.O. Quem, em sã consciência, opta por fazer qualquer outra coisa na vida quando se tem um jogo da Copa Paulo Francis? O DPC tinha problemas. Por isso foi alvo de duras críticas de todos os lados. Os roxos já não poderiam ser colocados no mesmo patamar do RYU em brodagem. A qualidade das festas não era suficiente para tirar aquela mancha das camisas roxas.

O DPC chegou a este ano buscando mais que resultados. Vieram buscando respeito. O que não esperavam era encontrar um cenário ainda pior. Hugo passou a buscar uma marca na Hollywood Walk of Fame, deixando de lado o Hall de campeões da CPF e as batalhas nos gramados. Trocou o futebol pelo teatro. O Goleiro X, pelo segundo ano consecutivo, ignorou os clamores da torcida. Parece mesmo ter trocado o DPC pelo EPH - Equipe dos Papa Hóstias. Pedro foi jogar pelo time de Ciência da Computação. Daniel Seixas simplesmente desapareceu. E Wilson passou a ter saraus em homenagem ao deus Baco não mais apenas à noite, mas também às tardes de sábado. Viciado - em bebida, não em sexo -, disse que só voltaria a vestir a cor roxa quando a Copa Paulo Francis permitisse jogadores nus.

O DPC já era tido como morto. Eliminado.Vergonha eterna da Copa Paulo Francis. A goleira da equipe feminina, Beeb, já havia se colocado à disposição para atuar pelo masculino. Uma nova regra já havia sido elaborada e aprovada permitindo isto. Até que, tal qual as contratações de William Alves e Marcelo Matelotte, o DPC confirmou, durante a madrugada da segunda para a terça-feira, a entrada de Thiago Jimmi no elenco. Com quatro homens, jogando com um a menos que os adversários, o DPC promete suar o manto e jogar com raça que compense as ausências no ano passado.

Elenco feminino do DPC não cabe na foto.

Do outro lado, solidarizam-se com os rapazes as sempre charmosas garotas do DPC. Opondo-se aos rapazes, elas compõem a equipe com mais reservas da história das copas. São 45 reservas, que prometem torcer, gritar, chorar, puxar o cabelo e chutar canelas independente de estarem dentro ou fora de campo. Elas, que ficaram entre as últimas colocações nos dois primeiros anos, chegaram à final no ano passado e só perderam por azar do destino, frente às calouras do PCF.

Mas, ao estilo DPC, as jovens têm treinado há algumas semanas a dança dos leleks e o quadradinho de 8 o que será colocado em prática no campo e nas festas. Em conversa mais privada, Bilinha Caninha até ironizou as rivais marrons, campeãs da Copa Patrícia Poeta do ano passado. "Min chamaro de ladrona porque a copa tinha acabado. Quero ver falar na cara agora. Roubei nada, mas agora não vou deixar trofeu nenhum", disparou, com visíveis sinais de embriaguez.

No último ano uma jovem do PCF teria ganho (equivocadamente) o título de craque da copa. Informações dão conta que, ciente do resultado injusto, uma atleta do FDM teria escondido a taça de craque e a teria entregue a Bilinha, que acabou apedrejada como ladra. Uma abertura de inquérito foi solicitada, à época, mas acabou rejeitada por conta do Artigo 2º, que destaca que qualquer tipo de acusação ou pedido de investigação será ignorado ou rejeitado caso o autor do pedido pertença à turma do leitinho estreante na competição.

"Das garotas do DPC, esperem canelas roxas", resumiu bem a zagueira, ala, meia e atacante Bruna Ga.

VRAU!

Atletas do DPC buscam superar as frustrações fazendo festas com muita bebida e drogas. Freud explica.