Os dias são longos, mas os anos passam num piscar de olhos. Ninguém notou que isto estava acontecendo, mas acabou. Os indícios estavam lá quando apresentamos o TCC ou quando, sentados no bar, recordávamos já com esforço e dizíamos “mas tu lembra daquele primeiro trabalho que fizemos juntos?”. O término só é percebido de verdade quando nos damos conta de que chegou nosso último ano na CPF. Ei, PCF, 2017 é nosso.
O clube marrom é famoso pelos cenários distintos entre os meninos e as meninas. Na CPP, o PCF é, indiscutivelmente, a melhor equipe que já participou do evento. Quatro troféus. Futebol bonito, artístico, provocador. Teve taça de craque quebrada porque era impossível pras demais entender que a gente era foda. Não fazia sentido calouro chegar assim ganhando. Mas como já disse João Coquetel, não nos demos conta que era impossível. Fizemos.
De acordo com a tabela acima, a situação dos meninos já é bem merda. Zero títulos, duas pratas, uma mão na bola e cinco finais de partida com Cassio dizendo “semana que vem não venho mais”. Será que mais um fracasso se aproxima? Bem provável. Vai faltar garra? De forma alguma. Seremos roubados? Não sabemos se Afonso vai apitar este ano.
Observando o gráfico na página ao lado, você percebe que as crianças que levavam fora nas aulas de Ninão cresceram. Estão aí virando desempregados, dentistas, médicos, engenheiros da computação – reza a lenda que alguns seguem carreira no jornalismo. Alguns relacionamentos estreitos se soltaram um pouco. Boatos de que faz parte. Algumas amizades ficaram tão fortes quanto as pernas de Henrique Ferro. Celebremos.
O PCF foi a turma que menos se importou com as demais. Ela já era suficientemente plural por si só. Havia mais grupos numa mesma sala do que havia currículo de gente do PCF numa vaga que abriu aí na coluna social do LeiaJá – entenda que foi muito currículo. Nunca necessitamos muito dos outros e parece que isso não agrada muita gente. Você pode conferir o compilado de todas as tretas internas baixando esse arquivo zip de 27 gigas:
Conforme você pode sentir aí dentro de você, sim, no seu coração, algo acaba em 2017, mas estamos certos de que não é o PCF. Os dias são mesmo longos e os anos indiscutivelmente passam num piscar de olhos, mas o PCF, ah, o PCF... esse é eterno.
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