Copa Patrícia Poeta - rodada de abertura

Dois jogos abriram a I Copa Patrícia Poeta de Futebol Feminino. E diferentemente do que todos achavam, teve gols, se foram conscientes ou não, é uma outra história. Graças a criação da CPP, o sábado teve um público recheado, desde as futuras repórteres e apresentadoras que farão valer a pena ver os jornais televisivos aos “filhos do ETC”, que, suspeita-se, sejam moradores do Coque disfarçados de torcedores da jovem, tudo pago pelo cartola Rafael Montenegro (não admite mais ser chamado de Gordinho). Depois do sucesso de pessoal no sábado, estima-se um público de 100.000 pessoas para a grande final. A organização está em negociações com o governo do estado do Rio de Janeiro para viabilizar a realização dos jogos no Maracanã, sob a condição de que se faça uma breve reforma no estádio até lá. Bem, voltando à Patrícia Poeta, eis o que podemos tirar dos jogos:

VTU 1x0 RUN

O jogo de abertura não podia ser melhor. As calouras do RUN enfrentaram as cheerleaders mais famosas da história da CPF, as VTUzetes. Inflamadas com a derrota por 3x0 para as Chun Lis do RYU no ano passado, as Brancas já começaram com todo o gás partindo para cima. Mas as calouras mostravam garra na marcação, e o jogo ficou — quase todo o tempo — embolado no meio campo. Pressionando quase o jogo todo, as VTUzetes mereciam a vitória, e a tiveram. O 1x0 saiu num gol sofrido, a bola foi entrando, entrando... e entrou, mas sinceramente eu não vi quem foi a heroína que colocou pra dentro. A vitória do VTU foi importante, pois é a primeira — alguns dizem que será a única — da equipe no ano (contando a masculina também), e ainda coloca os calouros no seu devido lugar: a lanterna. Bom começo.

BPF 1x2 RYU

O segundo jogo da noite foi mais tranquilo, aberto, e “bem jogado”. A equipe do RYU começou mostrando porque é favorita com um gol da cabo-verdiana Idalina. O não-tão-combinado-assim BPF não contou com a presença das jogadoras do BAU (só na torcida) e teve que pedir emprestada (?) uma jogadora do VTU para completar o plantel. Mesmo assim, com muita garra e boas jogadas de Mirella, a equipe verde-amarela chegou ao empate com o gol da atacante. Apesar de continuar pressionando bastante depois do empate, o BPF não consegui marcar (às vezes mal acertavam o pé na bola), e foram dando espaço, aos poucos, para as Chun Lis. Perto do fim do jogo, Júlia Caldas, artilheira da edição passada com 3 gols — os únicos da edição, diga-se de passagem — recuperou-se do tombo que levara no início da partida e desempatou o jogo, garantindo a vitória e a provisória primeira colocação para o RYU por 2x1.

Eis como ficou a classificação após a primeira rodada da CPP:

Pelo lado feminino, pelo menos, RYU e VTU têm só o que comemorar. A próxima rodada dirá se isso vai continuar assim, ou se a sina das equipes na competição é a mesma dos representantes masculinos.