terça-feira, 5 de maio de 2009

Copa Paulo Francis presta homenagens a Maurício Coutinho


Como disse a reportagem da Folha de Pernambuco do último dia 05, o Fotojornalismo nessa semana perdeu um tanto de seu brilho. O falecimento do fotógrafo Maurício Coutinho deixa uma lacuna irreparável a todos aqueles que tiveram o prazer de trabalhar e conviver com ele. Todos aqueles que admiravam seus mais de 40 anos de trabalho.


Irreverente e animador. Inteligente e talentoso. Coutinho era um dos principais baluartes dentro do fotojornalismo pernambucano. Muitos dos alunos e ex-alunos da UFPE sabem o quão divertido era o aprendizado ao lado de Coutinho nas saídas pela Ascom/ UFPE ou pela Folha de Pernambuco - onde ele trabalhava desde 2001. Cada dia uma nova estória. De cada estória inúmeras lições. O tempo só deixava Coutinho cada dia mais audaz.


Dono de convicções fortes e uma risada que ninguém conseguia igualar. Conheci Coutinho em 2006, quando estagiava na Ascom/ UFPE. Dono de um jeito surpreendentemente simples e elegante, jamais esqueço o dia que ele chegou na reitoria com uma foto de Farofa enrolado na toalha, ambos supostamente realizando uma reportagem sobre o circuito de motéis para o caderno de Economia. Uma piada só. Ou então quando ele contava as peripécias de Hugo Casagrande nas rondas pela tranqüila noite recifense. Sem comentar as audaciosas aventuras que ela relatava sobre como alcançar a melhor foto e o melhor furo. Poucos minutos de conversa com Coutinho traziam muito mais informação que semanas e semanas de aula. Um mestre.


Alguns esquecem o lado crítico que Coutinho também sempre esbanjava em defesas daquilo que acreditava. Nada passava pelo seu olhar crítico. Convidado várias vezes para participar como árbitro e fotógrafo da CPF sempre se prontificou, sendo impelido por acasos do destino. Ele não gostava da homenagem a Francis e , sempre sugeria que mudássemos a nome do torneio: “Porra de Paulo Francis”, amenizava.


Não importa. Gostava sim de uma boa confraternização. Lembro de Coutinho também na festa da Caderno 2, em 2007. Bebemos e rimos bastante até os primeiros raios do dia nos guiarem para casa. No dia seguinte (ou seja, no mesmo dia) estavamos no batente, ambos sem voz. Bons Tempos.


No próximo sábado teremos um minuto de silêncio. E sete horas de festa. Pois é assim que Coutinho gostaria que fosse. Disso não temos dúvida.




para ler a reportagem completa da Folha sobre Maurício Coutinho
http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=03/05/2009&mat=143612

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