CPF: Passado, presente e futuro

Terminou mais uma edição da Copa Paulo Francis. Para alguns, 2013 só começa agora. Para outros, o ano já terminou. E embora tenha passado muito rápido - aliás, como a maioria das coisas boas da vida - nunca é tarde para se ter um dos melhores gestos possíveis: o de agradecimentos. Em meio ao turbilhão que foi a correria deste sábado, alguns grandes personagens passaram sem o "obrigado" necessário. Antes tarde do que nunca, contudo. Após 11 anos de Copa e tendo disputado apenas duas edições da CPF, pude ver na festa final o encontro de muitas gerações: RYU, PCF e MBP.

Quando a edição de 2013 começava a se articular, a nova direção acordou e eu conversei com os símbolos deste lendário time. Julia Arraes e Daniel Longhi para ser mais exato. Pedi que eles participassem da Copa. Motivo? Porque é uma sala que, como raríssimas, incorpora - e ensina - o que é a CPF. Depois de semanas de agendas, adaptações de calendário na vida pessoal de cada um, o time cinza aceitou e, como sempre, honrou a Paulo Francis. Disse ensina porque, quando o PCF era calouro, muito da animação e do contágio com a tríade jogos/cana/festa veio da direção, naquela época, Julia e Longhi eram alguns dos mandatários. Sendo assim, em mais um ato de brodagem, o time, após ter se despedido, voltou, participou de mais uma edição e se despediu (?) de forma digna. À noite, na festa, uma imagem disse tudo. "Maurício, tira uma foto da velha guarda com os novatos", disse Longhi.

Wagner, Longhi, Rambo e Sibito: Nova e velha guarda

O MBP, por sinal, merece aplausos. A turma teve aproximadamente um mês para se organizar para a Copa. Por conta dos atropelos da greve, calendário apertadíssimo, a sala foi forçada a correr com o pagamento do campo e a feitura da camisa. "Forçada", aliás, não. Duas semanas depois do primeiro aviso o campo estava pago e as camisas encomendadas. Os Bidus incorporaram o espírito, foram à todas as festas, chilicaram, venceram, perderam, se divertiram. Viraram CPFianos. Era gratificante ver, ao longo da semana, nas redes sociais, calouros clamando pelo famigerado sábado, postando fotos e declarações à titio Paulo. Rapidamente ontem eu disse à Wagner: sua sala está de parabéns. E está mesmo. Depois de todo o perrengue, é gratificante perceber o sorriso no rosto de cada azulzinho. Obrigado pela ajuda. Copa sem calouro não é Copa.

E para encerrar, um agradecimento ao PCF. Turma amada e odiada, mas incontestavelmente presente, participativa e contribuinte para com a Copa. Trolados com o marrom, atualmente não queremos nem pensar em trocar de cor. Se o MBP é o presente e o RYU se despediu (?), nós estamos "no meio". Sedentos por títulos mas, acima de tudo (e põe acima nisso) de que a Copa resista, viva, chegue à maioridade e que titio Francis possa, enfim, dirigir com carteira. Ouvir de pessoas mais antigas que nós aparecemos para dar um "novo gás" à CPF não é apenas sensacional. Dá vontade de fazer mais, melhor. Não necessariamente maior. Se a Copa cresceu, ótimo. Mas, papeando com os antigos, ouvimos que ela precisa ter aquela velha essência de roda de violão quando apenas uma dezena de pessoas ia às festas. Esse post fala de três turmas, mas é direcionado à absolutamente todos os times da CPF. É bom que isso fique claro.

Embora o título do post seja "passado, presente e futuro", não foi muito bem o que eu queria dizer. Para mim, ninguém é "passado" na Paulo Francis. A Copa nunca deixará de ter o RYU e o RUN, por exemplo, que são dois times contemporâneos meus. VTU, BAU, PDF... Acredito que as os participantes mais velhos pensem o mesmo. Na rodada final, um cara que estava na Arena Setúbal chegou e me disse: "esse torneio de vocês é arretado!" Mal sabe ele. E aliás, mal sabemos até nós.

Pessoal, muito obrigado. Um beijo, vraus e muitos sorrisos. Até 2014, com 6, 7 clubes, mas com sorrisos incontáveis.

Maurício Penedo

Vice-Presidente da Copa Paulo Francis 2013