Assim como na vida, o futebol é feito de ídolos, mas acima de tudo de boas histórias. Titio sempre aprendeu que elas aparecem de onde menos se espera. O tapete verde sempre produziu lições que só o amor constroi. Em 2016, dois dos rostos mais conhecidos, amados e desejados da Copa Paulo Francis finalmente encontraram a glória de marcar um gol. E é gente com história dentro da CPF e do curso de Jornalismo. Felipe Cabral, em sua quinta Copa Paulo Francis, e João Vitor, em sua sexta e última, enfim se encontraram com as redes. E a coincidência de duas figuras nababescas marcarem pela primeira vez não pode ser deixada de lado.
Cabral recebeu atenção até do rei do mistério após o gol |
Após o gol, Cabral deu uma rápida entrevista em meio ao empoeirado bairro do Ipsep. O papo teve de ser rápido, pois a poeira estava deteriorando os equipamentos da equipe de filmagem. O rapaz se mostrou feliz com o feito.
- Era meu sonho. É meu título pessoal. Quando vi aquela bola entrando, percebi que nem preciso mais ser campeão, aquele gol bastou pra mim.
Depois de ser agredido pelos integrantes do PCF, Cabral se recolheu para tomar sorine.
João Vitor faz seu clássico olhar sensual para quem nunca acreditou em seu talento |
Já João Vitor tem uma história ainda mais impressionante. Bicampeão da Copa Paulo Francis com o FDM, João é conhecido por ser um dos piores goleiros de todos os tempos. Muito em virtude de suas duas mãos amputadas logo na infância. Ainda assim, o menino perseguiu seu sonho e não desistiu. Mesmo sem mãos, virou goleiro e campeão.
Na primeira rodada, diante do IML, João fez mais: um golaço do meio da rua, encobrindo Menotti, que ainda tenta voltar ao gol. A comemoração foi um exemplo do autor: sóbria, tranquila, ciente de estava sabendo da enormidade de seu feito. Mas outro fator também esteve presente: a provocação.
- Quando eu nasci, papai do céu olhou pra mim e disse:
esse é o cara. Como sempre ocorre nas defesas que são executadas com
sucesso, foi um golpe de sorte. Sorte de campeão. Talvez um dos momentos mais bonitos que vivi na Copa, assim como a defesa diante do PCF que nos garantiu a final e o bicampeonato.
Um cor de chocolate insinuante, um caucasiano cheio de mistério e próteses. A democracia de Titio se orgulha e canta: é ano das entidades na Copa Paulo Francis.
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