sábado, 21 de julho de 2007

Nota de Pesar

Em meio a um momento de extrema alegria, ao ver que a Copa Paulo Francis 2007 está em um momento glorioso, com bons jogos e propiciando um raro momento de união e confraternização entre aqueles que fazem o curso de Jornalismo da UFPE - lembrando que, pela primeira vez, teremos uma Copa Patrícia Poeta estruturada e também majestosa. É com imensa consternação que a CPF lamenta profundamente a perda do ilustre Senador da República, Antônio Carlos Magalhães, que faleceu na última sexta-feira, vítima de infecção e problemas renais e cardíacos.

Filho do professor Francisco Peixoto de Magalhães e de Helena Celestino Magalhães, Toinho nasceu em 4 de setembro de 1927, em Salvador, Bahia. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia , ACM, como é nacionalmente conhecido, era casado com Arlete Maron de Magalhães, com quem teve quatro filhos.


Seu ingresso na vida política se deu como líder estudantil, primeiro no ginásio e depois na Universidade Federal da Bahia, onde foi presidente do Diretório Central de Estudantes. Filiado à UDN (União Democrática Nacional), foi eleito deputado estadual em 1954 e por três vezes deputado federal, em 1958, 1962 e 1966. Em 1967, já ligado à Arena (Aliança Renovadora Nacional) assumiu a prefeitura de Salvador. Em seguida, ACM exerceu o cargo de governador da Bahia em três oportunidades.

Esteve ainda à frente da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A), em 1975, nomeado pelo então presidente da República Ernesto Geisel, e do Ministério das Telecomunicações, durante o governo de José Sarney. Em 1994, foi eleito para a primeira legislatura como senador pelo Estado da Bahia. Presidiu a Casa entre 1997 e 2001.

Toinho era um guerreiro, um estrategista que sabia sobrepujar sua condição humana para transformar o futuro do seu país e a vida das pessoas. Foi o maior coronel que o Brasil já teve e talvez seja uma das personalidades que mais carregaram em sua trajetória o espírito conservador: um verdadeiro sentinela da moral e um baluarte da tradição .

Fica a dor, muito maior que ela, porém, é a lembrança e o sentimento de respeito a este herói do povo brasileiro. E como dizia a música: “Morre o homem, fica a fama”. Antônio Carlos Magalhães deixa a vida para entrar na história.

A Copa Paulo Francis está de luto.
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. Só por curiosidade, esse texto foi escrito por Danilo, o baiano neto de ACM de Xique-xique?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Já estamos providenciando um homenagem a altura pública de um personagem tão importante para a história brasileira. Desde já convidamos nosso Conselheiro-mestre e fundador da CPF, Benjamim Moura, a passar informações sobre o estado emocional do povo baiano nesse momento de imensa tristeza e desolação.

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  4. Antes de falar do estado de luto em que está imersa a Boa Terra, quero fazer mais uma correção. Meu nome é Benjamim DE Moura. Com o conectivo DE entre os dois sobrenomes, o que indica que meus antepassados pertenciam à casa nobiliárquica dos Mouras. Não eram filhos bastardos ou algum empregado adotado. Correção feita, segue o relato...
    Diria que 99% da Bahia está de luto. Não são apenas eleitores ou admiradores de ACM, mas até gente que discordava dos seus métodos sabe que a Bahia perdeu um brande defensor, um grande administrador e a pessoa que criou a Bahia moderna.
    O senador, quando era prefeito, legou a Salvador o desenho urbanistico que até hoje serve como plano piloto da cidade: ruas largas, muitas avenidas e viadutos.
    Como governador, ainda na década de 60, imaginou três pilares pra sustentar o desenvolvimento da Bahia: turismo, indústria de ponta e agricultura. Hoje a estado é o segundo principal destino turístico do país, tem a indústria avançada do pólo petroquímico e o oeste baiano é um dos celeiros de grãos do Brasil.
    Oligárquica sim, mas quantas oligarquias deixaram de herança ao estado o que ACM deixou pela Bahia? Veja o exemplo dos sarneys no Maranhã, dos Barbalhos no Pará...
    ACM costumava dizer que sua força política vinha do amor que tinha pela Bahia e pela incompetência dos adversários.
    Prova maior estamos vendo agora, quem mergulhou o País no caos aéreo foi justamente um adversário político dele: Waldir Pires.
    É por isso que a Bahia chora e se pergunta: Meu Deus que é de nós?

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