quinta-feira, 12 de maio de 2011

RUN 3 x 1 DPC

O sábado deu em chuvoso.

Tristeza?! Coisa nenhuma.
Não há chuva que dê para afogar as sensações que envolvem o maior evento esportivo do planeta, a Copa Paulo Francis.

Os derradeiros instantes, antes do primeiro apito de qualquer rodada, estão sempre mergulhados em nuvens de excitação. Resultado das atenções que furtam antigas prioridades, das expectativas que se somam, e das dúvidas que corroem: “será que dá pra ganhar hoje?”, “ei, o time vai tá completo?!”... Ou, o que mais importa: “Cazuza vai usar o shortinho dele?”, “onde vai ser a próxima festa?”, “quanto foi que deu pra cada, da cerveja?”...

Nesse momento que antecede o gozo, entre os ansiosos ocupantes da Arena Paulo Francis Stadium, tomavam de assalto considerações sobre o esboço de uma tarde amena. O horizonte desvelava uma tonalidade plúmbea, é verdade; mas, naquele sábado, até então, as precipitações torrenciais, estribilho dos dias anteriores, não se repetiam. Decretou-se: “São Pedro respeita a CPF!”. Respeitava.

O aguaceiro que se seguiu não foi brincadeira. Nem o mais sofisticado sistema de drenagem, instalado nos palcos cê-pê-efianos, foi capaz de evitar a formação das poças d’água. Pouquíssimas ilhas de grama-não-imersa, cada vez menores, eram desenhadas pela chuva, criando hiatos que dificultavam a prática do futebol camarada, caro à competição.


União ritualística do RUN
Assim, foi com o campo encharcado e a bola escorregadia que as duas equipes se apresentaram pro jogo. De um lado, os atuais campeões do RUN, vindo de um empate com o agora-bom-time do RYU; do outro, os roxos, mais recentes ex-calouros, do DPC, tentando se recuperar da sova aplicada pelo PDF. A primeira impressão inclinava para um encontro sem graça, de cartas marcadas; entre presa e predador. Mas estava errada.

A suposta superioridade técnica dos laranjas caiu por água. Os dezporcentistas, com o campo pesado, eram mais organizados e abriram o placar. Deco acertou um bom chute, indefensável para o arqueiro-substituto-oficial-de-Magal-machucado, Mano.

A disposição do maestro
Mas é justo nos momentos mais difíceis que deve reluzir o crivo daqueles que possuem o poder de decisão. E a camisa sete do RUN abriga um dos maiores jogadores (plural a título de modéstia) do certame: Eduardo saco-de-pancada-Donida, craque cujo brilho sem barulho rege soberano a laranja mecânica.

Quem o vê jogar fica com a impressão de que futebol é fácil. Donida liderou a reação da equipe, marcando todos os tentos. Cravado, então, o placar final, 3x1.

Seu futebol não deve ser analisado, e sim escandido. Quatro gols em um jogo, três no outro. Se nas duas rodadas que se seguem repetir a receita, sai um soneto. Contra o DPC, fez de tudo – marcou, correu, passou, chutou... – só não fez chover (tá, foi mal; toda chuva é convite à inundação... de clichês).
Antes do jogo, os roxos ajustam o sistema defensivo

Evidentemente, o resultado não se deve só a ele. André Wally e Vitor formaram uma defesa difícil de penetrar, e Terni Farofinha, apesar de estabanado, continuou sendo o pulmão do time. Já os roxos, faça-se justiça, fizeram uma boa partida. Hugo, no gol, viveu tarde inspirada; realizou grandes defesas e só não deve entrar na seleção da rodada por conta da exibição memorável de Nilton que garantiu o empate sem gols da sua equipe, o BAU. Romero-ex-goleiro, Igor e Jimmi engendraram um bom esquema de marcação, concedendo liberdade necessária para Deco conduzir a criação.

E foi assim, o sábado deu em chuvoso.
Mas a CPF está muito à frente dessas preocupações
Comentários
10 Comentários

10 comentários:

  1. essas fotos são da semana passada, não?

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  2. n teve foto da 2 rodada... mta chuva

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  3. acho incondizente com o jornalismo verdade

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  4. Concordo com Anônimo.

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  5. Caramba, nem no ápice da minha falta de modéstia eu ia esperar ser retratado assim no blog skaopsopak
    Lisonjeado, de novo. E ja levemente encabulado.

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  6. Bom senso duvidoso esse aí.

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  7. Ansioso pelas 3 últimas rodadas. Verdosas, Amarelões e Bagaçodelaranjalima digladiando na arena.

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  8. "só não fez chover (tá, foi mal; toda chuva é convite à inundação... de clichês)".

    Verdade.

    E inundação de itálico também!

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