terça-feira, 31 de maio de 2011

Sol se pondo

Procurando dados Históricos sobre a Copa Paulo Francis no Google (uma ferramenta de pesquisa on line, bem prática), eu me dei de cara com o que acredito que seja o mais antigo registro sobre o time do BAU na internet. Na verdade, mesmo com um release da Ascom de 2004 informando que, no segundo ano da Copa, esta já servia de "laboratório para que os estudantes produzam matérias para impresso, rádio e internet", eu creio que, à parte deste release (certamente produzido por algum aluno de jornalismo frequentador da Copa), o site que encontrei se trata de um apanhado dos mais antigos textos da CPF disponíveis na rede.
Isto, contudo, não é da maior importância para o que tenho tentado escrever nestas linhas. Os textos, apesar de lendários (por sua antiguidade), são escassos. Todos datam de 2006 (se vocês checarem ao lado os nossos arquivos, os posts começam em 2007), são sempre assinados e diferem um bocado, em formatação, do que é produzido atualmente (apesar de podermos notar algumas características já emergentes que vieram a enriquecer a mitologia Paulo Franciana). Arqueólogos e antropólogos ainda analisarão estes escritos e darão um veredito mais lúcido do que o meu sobre a sua influência nos textos CPFianos de hoje em dia.
Novamente, estou derivando do que eu queria realmente destacar. O primeiro texto deste site - justamente de 2006, quando o BAU ingressou na CPF - é uma resenha escrita por Luís Henrique, craque do ETC que nos deixou ano passado. A primeira linha da resenha do então ex-calouro já continha o nome do time amarelo. Confira abaixo o trecho em questão:

No primeiro jogo, abertura da competição, a PIA enfrentou o BAU.
PIA e o estreante BAU faziam um jogo equilibrado, num primeiro tempo em ritmo lento, quando, quase acidentalmente, os calouros abriram o placar.
Depois de um desencontro da defesa, a bola sobrou para um rapaz – que um popular, presente à arquibancada, alcunhou Ranulfo – que não perdoou.
Foi isso o primeiro tempo.
O segundo, entretanto, teve a PIA empatando no primeiro lance, com chute de Bruno. O artilheiro da edição passada, que estivera apagado no primeiro tempo, foi decisivo. Fez segundo e terceiro gols, mostrando excelente noção de tempo e precisão no chute. Três gols de craque.
O jogo voltou a esfriar – e foi aí que os calouros conseguiram, tabelando, chegar ao gol adversário. Chegaram duas vezes e aproveitaram, empatando a partida. Breno fez os dois gols.
Na vontade – que, aliás, nunca vi faltar à PIA – Guilherme Gatis, importantíssimo taticamente desde a edição passada, desempatou. 4 a 3. E a partida logo terminou.


Em seguida, Luís desfila mais algumas pequenas resenhas dos outros jogos, todos de times que se despediram dos gramados da Paulo Francis e cujos integrantes já partiram em direção às incertezas do mundo jornalístico.
No final das contas, eu só queria deixar registrado aqui que o BAU, o qual jogará sua última partida no sábado, não será esquecido. Desde sua primeira Paulo Francis, alguém já escreveu sobre eles e, como aprendemos no blog, a tradição nunca é deixada de lado. Até hoje ouvimos relatos de uns Sarmentos, Gatis, Farofas, Fifahs, Luíses etc., mesmo nem sempre sabendo quem são. Ouvimos relatos de feitos incríveis, jogadores excepcionais, participantes (mesmo que não jogando lá essas coisas) lendários, torcidas irreverentes, narradores inigualáveis... histórias que, como já disse, fazem parte de uma mitologia que criamos.
Se depender de nós, os seus feitos serão lembrados por gerações, caros Solares. Tenham uma boa última semana de Paulo Francis e não se esqueçam de visitar ano que vem, e no seguinte, e no seguinte...

Por favor, aceitem essa homenagem em nome de todo mundo da Copa
Abraços fortes,
André "Wally" Valença
Comentários
11 Comentários

11 comentários:

  1. Ao fim do jogo do BAU contra o PDF, no último sábado, eu chorei. Por sorte o suor se misturou às lágrimas e pude curtir minha tristeza em paz. Chorei, porque não estava na final, a princípio, e isso dói um pouco. Chorei, porque foi ali o último suspiro do BAU na CPF, e isso dói um bocado. Mas, mais ainda, chorei de um misto de alívio, alegria, dor e saudade. Porque eu amo, de verdade, essa Copa. Pensar no próximo ano sem isso tudo correndo pelas minhas veias por todas essas semanas é como imaginar a vida sem um ente muito querido e constante no seu dia-a-dia. Flashbacks tem sido constantes na minha mente em relação à trajetória do BAU na copa, e, apesar de ter valido tudo a pena, eu não consigo acreditar que vai acabar. Eu sei que muita gente aqui realmente não tem paixão de verdade por essa copa e vai até achar exageradamente divertido o que to falando aqui. Mas, acreditem, não estou escrevendo na retórica franciana. Eu digo tudo isso de coração. Infelizmente, uma série de acontecimentos me fizeram jogar, efetivamente, um total de 3 copas, mas viver, parece que já vivi 30. Tudo pra mim é muito natural no blog, nas festas, nos jogos. É tudo minha eterna rotina de um mês e meio de CPF por ano. E sempre vai ser. Que as próximas gerações honrem o nome da Copa, e que um dia, se eu ainda estiver aqui, vivo, com um filho estudante de jornalismo (insira aqui mais uma possibilidade remota), que eu possa acompanhá-lo e dizer: eu fiz parte da segunda geração da CPF. Obrigado, colegas, rivais, amigos e amigas. A todos.

    Abraços,
    Diogo.

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  2. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH :~~~~~~~~~~

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  3. me arrepiei, com o final do texto, e com as palavras de Dio, figura ímpar que nunca, se depender da gente, será esquecido. Viva O BAU, viva a CPF!

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  4. Se eu soubesse o que é a Copa Paulo Francis, teria jogado desde o 1º período. Também me lamentei bastante, da mesma forma que Dio, ao final do jogo com o PDF. Perder não era nada, a sensação de ver nosso tão sonhado (e merecido, ao menos em 2010) título se esvaindo foi terrível.
    Mas fica, sobretudo, o dever cumprido (árduo, repleto de cicratizes, mas de um prazer inenarrável) e de que nós, amarelos, solares, buás ou como preferirem nos chamar, fizemos tudo o que podíamos dentro de nossas limitações. Limitações físicas, técnicas... Podem ter certeza, não fomos campeões, mas tenho o orgulho de saber que fizemos história, uma belíssima história neste evento tão importante e que poucos têm a dádiva de desfrutar. Tivemos poucas e fiéis torcedoras, presentes ou não, jogadores que não participaram de outras edições da Copa, fraturas (cara, isso é sério!), estresse pra caralho (eu que o diga), mas também competimos entre favoritos, desbancamos "imbatíveis", como só acontece no futebol, fizemos amigos (MUITOS!), inimigos sazonais, todos os tipos de bebidas em todas as zonas (calma) do Recife (porra, faltou uma nas minhas Olindas, né?), ressacas dantescas, gargalhadas em meio ao CAC, relembrando tudo o que tinha acontecido "no último sábado"...
    Aproveitem, crianças. Um dia chegará a vez de vocês. Então, brinquem, briguem (só não batam na cara nem no cunhão pq segunda todo mundo trabalha), joguem, divirtam-se, INTEGREM-SE!
    Quando o momento dos senhores se despedirem chegar, poderão dizer "EU VIVI A COPA PAULO FRANCIS".

    Obrigado a todos que estiveram conosco nestes anos maravilhosos, especialmente Breno Pires, Diogo "Chernobyl" (noss) Madruga, Vítor "Frankenstein" Ferrer, Fábio "Rivaldo" Mendes, Marco Tulio "Sem-Braço", Davi Cozzi (tá vivo, fio?), Diogo "Boneco de Olinda" Guedes, João "Ronaldão" Guilherme, Quélzia Lasalvia, Larinha Holanda, Nanda Buril, Amandinha Tavares e outras figuras que estiveram sempre por perto com uma vibe indescritível!
    ps: E ao meu amorzinho também, que já acompanhava o blog ainda no Velho Mundo e acreditava mais em mim do que eu mesmo.

    VALEEEEEEEEEEEEEUUUUUUU!!!!!!

    Nilton Villa "AJ"-"Múmia", eterno camisa 1 dessa bagaça!!!!

    ;*****

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  5. Aproveitando a vibe saudosista, aviso que está confirmada a partida das estrelas para às 17h. Gatis, Farofa, Hugoboy, CaioSonic, Rossef, Tiago Pirata, LucasLego são alguns dos que já confirmaram presença. Agora é bom que tenha uns agregados lá para entrar em campo também, caso haja algum imprevisto.

    Dio, com muita satisfação, vou lhe passar o cajado de guardião dos valores a da tradição CPF.

    Gente, Nilton tem que ser o "Cara" esse ano. Outro resultado é marmelada. Hasta sábado

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  6. De arrepiar a homenagem. Não gosto nem de pensar que, em 2012, seremos nós do PDF os aposentados da vez... Pois é.

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  7. Muito foda isso. De arrepiar mesmo, a gente só tem noção com textos e depoimentos assim. Parabéns ao BAU e obrigada pelo pouco tempo que pudemos estar juntos na CPF.

    10%

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