Mais uma rodada passou e estamos cada vez mais próximos da grande final. Esse fim de semana, em especial, teve muita bola cheia, gols históricos, dribles em sequência e chutes a gol. Mas foi tudo empate, terminou tudo igual. Minto - nada será a mesma coisa depois desta rodada. O futebol feminino mundial subiu a um novo patamar. Foi a Copa Patrícia Poeta como nunca vista antes. Antes era só charme e pernas depiladas, mas agora a gente veio pra mostrar que joga bola sim! De fora da rodada, as calouras do PCF se dispuseram a comentar o jogo do RUN x FDM, e a Patrícia Poeta é tão amor que até a resenha a gente faz em conjunto. Uni-vos, mulheres (e deixem de chilicar, porque de TPM eu entendo e não tenho paciência pra isso não)!
Zagueira-artilheira Cami Resk + time dando o sangue para defender a área do RUN |
RUN x FDM: Caloura e sorrateira, cá estou, humildemente, desempenhando a honrosa tarefa de discorrer brevemente sobre a magia futebolística do empate entre as rosas e as nossas droogs periodísticas (eu realmente espero que alguém entenda isso). Apesar das divididas, bolas fora e laterais em excesso do começo do jogo - lances típicos que garantem o chame da copa Patrícia Poeta – o embate reservou lampejos de brilhantismo, vistos frequentemente na presente edição da competição, considerada pelos mais, digamos, “experientes” a de melhor qualidade técnica. O estigma de rabugento que os empates carregam no meio esportivo, pode-se dizer, hoje foi subvertido, não só pelo bom toque de bola de corra-Lolly-corra, devolvendo o apelido, ou pela tranqüilidade de Claudinha para concluir bem e marcar o primeiro tento da partida, mas principalmente pelo esteticamente perfeito gol de cobertura infinity, do meio da rua, de Cami Resk, que levou o público ao nirvana e deixou as panteras atônitas até o final do jogo, ao ponto de, apesar da criação de boas oportunidades, não conseguirem consagrar-se com a vitória. Se o empate não foi bom para nenhuma das equipes, ao menos para os apreciadores do futebol, reservou gratas surpresas e um lance antológico, desses que acontecem uma vez na vida, para serem contados aos netos.
Júlia-Presidenta-Arraes em
↓ + → + soco
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RYU x DPC: Zebra. E daquelas. Completamente supersticiosas, as roxas parecem ter se desequilibrado após uma semana de descanso e se desencontraram em campo. Foi por causa da volta do 4 na linha e 1 no gol (já que no atual modelo 5 na linha e 1 no gol elas pareciam totalmente em harmonia)? O fato foi que o DPC não jogou o que vinha jogando. Se desencontrou, errou feio. Por todos os lados. Da goleira ao atacante. Pela primeira vez em que a Palpiteira da CPP aposta na escrete do quinto período, elas perdem. Muitas especulações acerca do ocorrido: uma jogadora a menos (em brodagem ao desfalcado time das cinzas), a ausência da artilheira, a falta de incentivo da torcida masculina... não se sabe. As dezporcentistas começaram na frente com um bonito gol de Bruna. As Chun-Lis partiram para o ataque. Alguns lances, especificamente, fizeram a partida. Dois deles foram cobranças de faltas da Presidenta Júlia Arraes: uma, muito acima da barra. Outra, para o gol. Gianni chegou a driblar três jogadoras de uma vez só. Mas o ataque cinza se mostrou ainda mais eficiente e poderia ter feito, pelo menos, dois gols a mais, não fosse a marcação roxa que, mesmo aos trancos e barrancos, se mostra eficiente. Uma demonstração da defesa de ferro do 5° período foi logo no primeiro tempo, quando Beeb e Laura se chocaram, fazendo a goleira DPCiana bater a cabeça no chão. Ao fim do jogo, Beeb se envolveria em outro lance, dessa vez com Gianni - o grande nome da partida - e Sara, onde a goleira levou a pior, teve de sair de campo e seguir o exemplo de Maradonida, ganhando uma botinha branca e se tornando dúvida para o jogo da semana que vem. Do lado das Chun-Lis, Mai também jogava machucada - em mais um exemplo da raça feminina nessa Copa. 1x1. O jogo foi empate apenas na tabela. Claramente a partida foi totalmente cinza. O resultado dá aos dois times a chance de disputar a final contra as calouras, apimentando a briga que vai deixar muita gente fazendo cálculos de probabilidade nesta semana.