Mulher atrasa pra se arrumar, demora escolhendo roupa. Mulher jornalista é igual. Floreia o texto, repensa, escreve... mas no fim das contas sempre sai tudo grrreat. Nossa resenha atrasou mas chegou - avaliamos a primeira rodada da Copa Patrícia Poeta.
RUN X PCF - Será que foi o orgulho? A vaidade? O que acontece é que o RUN perdeu. As calouras vieram pra cima como quem não tem nada a perder - e não tinham mesmo - e marcaram dois gols em cima das laranjinhas. Elas tinham rostos pintados, muita animação, estavam em grande número, eram recém-chegadas das aulas de educação física do colégio e tinham pouca experiência no mundo etílico que a CPF introduz. Foi com todo esse arsenal que as calouras do PCF chegaram pra jogar contra as garotas do sétimo período. Logo no início do jogo, Lolla tirou muitos OLÉs da torcida. Passava por Lorena, passava por Camila, passava por Flávia. Numa dessas, passou pela goleira Thaís e marcou 1x0 sobre o RUN. Este momento, provavelmente, desestabilizou as veteranas, que levaram outro de Barboça antes do final da partida. Foi 2x0. É, meninas, a idade chega para todas. Mas será velhice um fardo ou a experiência traz a vitória? PCF já mandou brasa e mostrou que a juventude conta. E sorte de principiante também, mas não estou dizendo nada...
DPC x FDM - As duas equipes entraram em campo com um objetivo comum, vindo de motivações diferentes. As Flores do Mal queriam a supremacia rosa enquanto as Dezporcentistas tinham ainda na garganta a vingança prestes a explodir em rostos pintados, bolas de festa e rituais esquisitos no pré-jogo. Mas, mesmo com toda a eferverscência emanada da disputa - que já se tornou um clássico - o primeiro tempo foi insosso e travado. Nada fluia, só o rosa nos rostos e o roxo nas canelas. E num piscar de olhos começou o segundo tempo e, aí sim, as meninas acordaram para a vida, ou melhor, para a Copa. O FDM tentava chegar à área roxa com Thaís, mas quando conseguiam passar pela forte marcação paravam nas mãos de Beeb. Por outro lado, o DPC esqueceu que não era favorito e foi para cima. Bilinha brilhou - talvez porque esse ano é monitora de uma cadeira das meninas do 3° período e decidiu impor toda a autoridade de sala de aula nos gramados. E quem se atrevia a pará-la? As zagueiras do FDM se desencontraram em campo, as duas goleiras se alternavam tentando encontrar o ritmo de jogo. Mas, quando menos esperavam, Renatta finalizava para o time roxo. Era o terceiro. As róseas ainda tentaram uma reação. A estreante Cláudia mostrava muita habilidade mas foi colocada na posição errada. Uma atacante desperdiçada no meio campo. Mesmo assim, num mínimo de entrosamento, as ex-calouras conseguiram balançar as redes com um gol de Gaga nos últimos segundos de jogo para confirmar o misticismo do DPC que devolveu o idêntico placar de 3x1 sofrido na última rodada do ano passado.
fiel e sagaz.
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