terça-feira, 8 de maio de 2012

Aposentadoria


Ao começarmos as atividades do blog este ano, comecei a me dar conta de uma mudança ocorrendo no âmago da CPF. Essa mudança não era particularmente boa, ou ruim. Era só uma mudança, constatei. A Copa, apesar de ter seu espírito preservado, não era mais a mesma. Novas situações e figurinhas apareceram e eu, como editor-chefe do blog, espaço de representação midiática mor do grupo, temo que não consegui acompanhar.
A partir daí, passei a pensar na função do editor-chefe, se neste caso é realmente necessária. O editor-chefe da Copa Paulo Francis, no final das contas, é só um cara bastante interessado no veículo. Como eu nunca gostei de futebol, mas adoro esta competição, me apeguei àquilo que me dava mais prazer como cepeéfiano. Mas o editor, de fato, não é nada. Não tem autoridade nenhuma sobre o que é publicado, não designa pautas, não “edita” os textos dos outros. Ele, se é alguma coisa, é aquela voz chata que ecoa no ouvido dos que escrevem aqui: “dá pra tu fazer a resenha?”, “alguém posta seleção da rodada?”, sem afetar de fato a vontade do outro de produzir. E um cara que escreve demasiadamente em função da Copa.
Uma pausa na reflexão para eu contar a longuíssima história de como eu me tornei editor-chefe: uma noite, no bar Margarida, eu estava bebendo umas cervejas. Já um pouco inebriado, me dei com Luiz Felipe, ex-dirigente desta joça. Reproduzo fielmente o nosso diálogo:

– Eu quero ser o editor-chefe – pedi.
– E então, pode ser – ele respondeu.

E foi assim que aconteceu. Ninguém me convocou, ninguém me indicou... eu simplesmente peguei. Tomei, quase. Tomadas de poder são comuns na CPF e convido os mais novos a experimentarem.
Por que eu estou falando essas coisas? Por que eu estou enrolando esse post há linhas e linhas? É que eu não tenho, de fato, vontade de terminá-lo. Venho pensando nisso há um tempo e agora somei a coragem de fazê-lo. Vocês podem até rir da seriedade de como trato algo que parece banal, mas isso teve um impacto forte na minha vida. Comunico que estou me desligando das atividades do blog. Devo fazer uma crônica aqui e ali, mas nada além disso. Como vocês quiserem proceder a partir de agora, eu apoio. Se alguém aí quiser escrever em “Equipe” (uma seção do blog que não muita gente deve ter acessado, mas tá logo ali em cima, ó) o seu nome como editor-chefe, faça-o. Se acham que o blog deve seguir sem “um cara com um título”, dou ainda mais apoio.
Queria ter feito menos drama na hora da saída, mas nem dá. Quando você já é vivido de algumas Paulo Francis, seu coração amolece. Me despeço do “comando”, mas volto nos comentários e, claro, nos jogos, assim que eu estiver medicamente liberado para pisar no certame.
Maaaaas... como bom integrante da CPF, não vou descer de um posto sem me vangloriar com números recordes e megalomania. Para vocês terem ideia do quanto tenho carinho por essa Copa, eu calculo que, nos dois anos que escrevo para o blog, já produzi (sozinho e coletivamente) mais de 150 posts (o que que pra mim vale mais do que 64 gols de Wagner Sarmento), dentre resenhas, crônicas, campanhas publicitárias, vinhetas, coletivas de imprensa, clipes, música, poesia, comunicados, charges, chamadas, palpites, seleções da rodada, análises de tabelas, reportagens especiais, perfis de musos, comentários sobre a artilharia, clipagens e sei mais lá o quê. Além de refazer o design do blog, atualizar as páginas dos times, as páginas do memória CPF, a página do “Equipe”, palpitar nos pôsteres e banners de Aaron, criar personagens, deixar que minha imagem fosse manchada, coordenar os posts do Memória e mais outro tanto de coisas. Sem contar que na época de maior produção, eu estava estagiando no Diario de Pernambuco, pagando seis cadeiras na Universidade, fazendo Iniciação Científica, trabalhando como entregador de jornal de madrugada, como garçom nos fins de semana e cuidando de sete filhos.
Todas essas coisas que eu fiz para o blog, eu não precisava fazer. Ninguém precisa. O blog continua com ou sem mim; tão bom quanto com ou sem mim. O que eu fiz talvez tenha sido viciar as pessoas. Muitas delas se sentiram desobrigadas (que de fato são, mas não deveriam sentir dessa forma) a postar e se limitando apenas a criticar (bem ou mal, não importa). Agora que eu saio, peço por favor que vocês continuem a postar resenhas e tabelas e seleções da rodada e colunas de fofoca e tudo o que é engraçado e interessante da CPF. Representem-se! E eu agora quero ler e criticar (bem ou mal, se liguem) e aproveitar a Copa mais relaxado; como um aposentado mesmo.

Muito obrigado,
André (que chamam de Wally, mas agora que eu sou da velha-guarda, tô pensando num apelido menos cuzão)
Comentários
34 Comentários

34 comentários:

  1. A Copa Paulo Francis sempre foi um dramalhão dos bons.

    Não te conheço. Como somos de gerações diferentes do torneio, sei da tua história na copa através do trabalho espetacular feito no blog, assim como você conhece a minha pelo recorde de gols - eram 64, hoje são 66. Não te conheço, repito, mas me reconheci nestas linhas. Me vi no desabafo, na reclamação, na crítica à ingratidão alheia, à falta de reconhecimento talvez.

    No meu penúltimo ano de campeonato, cheguei a renunciar à competição. Tava arretado com umas coisas e bati o pé. Não aguentei. Voltou o cão arrependido, rabo entre as pernas. Essa tal Paulo Francis é um troço difícil de explicar. A gente se entrega mesmo, gosta de verdade, não é só um torneio de futebol.

    Eu cheguei a dizer uma vez que ninguém amou a Copa Paulo Francis como eu. Hoje, ainda bem, vejo que me enganei. Tem muita gente amando tanto ou mais.

    Vai na bola, filhote. Continua com essa brincadeira que a copa precisa do homem dos 150 posts.

    Abs,
    W9

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  2. somos gratos pela dedicação de andré, que viciou a cambada toda nessa bagaceira. valeu, dedé. mas, sabe, já dizia o grante peter parker: um grande poder traz consigo uma grande responsabilidade. a cpf é uma delícia, mas não i é por acaso. é uma delícia porque gente pra caralho trabalha por traz dos posts, dpor traz da caixa de som, por traz do recolhimento da grana, por traz da pentelhação.
    o blog nunca teve editor porque não precisa: cabe a cada um escrever o que manda a sua conscência. todo mundo sabe que o blog é uma extensão do que acontece nos campos. é onde se consolidam os apelidos, onde laços se reforçam.
    valeu, dedé, por tudo. vamo aproveitar essa copa linda que mal começou.
    e, a todos, meu pedido: deixem a criatividade rolar, escrevam. nada como uns minutinhos perdidos e desperdiçados na Copa Paulo Francis.
    o blog é nosso, a copa é nossa. façamos os dois com amor, carinho e apreço.

    beijos,
    júlia

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  3. outra coisa, a reprodução do diálogo com luiz foi extremamente fiel. não imagino luiz começando uma frase sem falar
    "e então.."

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  4. Faço coro à Rainha. Muitos desses que vêm dar sua opinião no blog não participam de nada desse campeonato, antes das seis semanas de competição: não sabem o esforço pra essa copa acontecer, achar campo, fechar datas, convocar calouros, arrecadar dinheiro, providenciar estrutura que vai de bola a som pra narração, fazer a ponte com os veteranos, pensar os homenageados, comunicá-los, divulgar o evento, etc, etc, etc.

    Em comentário feito em post anterior, um veterano (a) criticou a atuação de PDF/RYU/RUN no blog. Ensaiei uma defesa que não aprofundei por falta de saco de ficar justificando tudo e por não querer deixar o clima chato demais - embora já estivesse. Mas, diante desse post novo, vou rebater a constatação desse veterano (a), com outra, a partir de um pequeno (?) relato (outro).

    Quando entrei na CPF, em 2008, eu me apaixonei de cara. Mesmo meu time sendo o lanterna, mesmo ficando só na torcida e mesmo sem beber cerveja. Achava essa copa um evento que não havia em igual escala em nenhum curso - seis semanas em que todos estavam totalmente felizes e dedicados, mesmo com ânimos acirrados pela competição, e com vontade de se divertir junto, todos os períodos, dos mais veteranos aos mais calouros. Naquela época, as festas eram mais informais, aconteciam logo após os jogos e de maneira bem improvisada, mas sempre aconteciam - porque não importava se os calouros eram uns malas, se os veteranos eram sarcásticos ou se nossos times haviam caído de posição na tabela: todo mundo queria se divertir!

    Bom, naquele tempo o blog já existia e vez ou outra eu passava por aqui, mas não escrevia muito porque não era atraente comentar toda a semana em expectativas e resenhas em que meu time não sofria muitas alterações nos comentários (RYU: AMOR INCONDICIONAL!). Além disso, muito do que se postava era história e saudade e, sendo a copa novidade pra mim, eu não tinha muito o que compartilhar. Só achava massa tudo que lia por aqui.

    Em 2009, esse espaço começou a abrigar outras coisas - de fotos de partidas e festas, a vídeos e um espaço maior para a CPP, em que meu time se destacava. Além disso, naturalmente já entendia mais sobre a copa, conhecia mais gente, me sentia mais à vontade, e um representante do RYU, R9 (hoje também Pata de Elefante) era até secretário geral. Havíamos crescido na copa. Já eu postava como anônima ali e aqui.

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  5. (eu não sei fazer síntese. mal aê)

    Em 2010, esse blog começou a se tornar o que é hoje. Diversificou suas abordagens, postagens, autores. Até arrisquei um texto, que enviei pra Madruga, por não ter a senha desse estimado espaço. Em 2011, me emancipei, postei algumas coisas pelo perfil de Francis, não tive mais vergonha de parecer idiota nos comentários (afinal, PDF e BAU já me conheciam, os demais não importavam) e notei, achando foda, uma maior participação dos outros também: vídeos publicitários, furos, colunas sociais e, claro, os tradicionais textos apaixonados. O blog estava cada vez mais parecido com a copa e ia, inclusive, além dela (em termos de existência no tempo).

    Pois bem, todo esse mimimi é pra dizer que é mais natural existirem "Mais" do que "R9s", que escreve desde sua primeira edição na copa. Muitos dos que não se pronunciaram, apenas não se sentem à vontade para isso, por mais que ninguém limite participações. É para lembrar, também, que por esse mesmo critério de intimidade com a CPF, é mais comum uma maior exposição - nos posts e comentários - de turmas mais veteranas. Mas é principalmente pra ressaltar essa constatação do ano passado: hoje, os mais novos escrevem MUITO, mas MUITO mais do que os mais novos de 2008 escreviam. E isso se deve bastante a essa abertura do blog, em termos de conteúdo, e esse crescente na produção dos posts da organização, que faz você querer postar também - o blog é uma coisa que funciona, eu curto e quero contribuir com ele.

    A trajetória CPF acima serve para destacar outra coisa. É muito legal essa implicância nos comentários, gente. Acontece desde sempre, com anônimos escrotos, jogadores ressentidos ou espíritos pilhéricos que sempre fizeram essa competição. Mas nunca vi tantos comentários chatos, pegando do pé de coisas pequenas, ingratos com quem se esforça pra que a CPF aconteça e indo de encontro ao princípio máximo dessa copa, que tão claramente eu notei em 2008: a diversão.


    Então, André, não diminui tua dedicação ao blog não - a gente precisa dela e ela foi incrivelmente benéfica pra CPF, de verdade. Estamos na segunda semana da copa e já temos quase a quantidade de posts de todo ano de 2009. Massa as vinhetas, o Memória, os pseudônimos e, principalmente, essa paixão que você conta e a gente sente.

    E, galera, relaxa aí na rabugice! Vivam essa copa, igualmente se apaixonem por ela, e tenham mais coisas pra sentir saudade desses anos de faculdade do que as aulas arrastadas de Português III e as gravações monocórdicas de radiojornalismo. Em um texto belo de Fifah (que não sei por que ainda não foi postado no blog e, desculpa o spoiler!), ele pergunta quem nunca falou sobre a copa nas aulas de redação. Eu falei, e repito o gesto dele: o/. Acho poucas coisas tão simbólicas quanto essa lembrança.

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  6. e bote fé, júlia, reprodução extremamente fiel.

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  7. ei, galera, só dizendo que não acho que quem não é mais ativo não deve dar sua opinião, como dá abertura pra pensar, lendo a primeira frase do meu post horrorosamente imenso. deve sim, deve muito! ela é ótima pra melhoria da copa. o que eu queria dizer é que essas pessoas deveriam ponderar melhor antes de sair soltando os cachorros. :*

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  8. mai, nem li HHASHAHAHA <3

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. caramba, mas esse foi recorde de enrolação mesmo, véi. :X viva a abstração!

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  11. too long, didn't read.

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  12. nao aposenta os vídeos, nao aposenta, pls!

    no mais, que sejam todos felizes para sempre.
    the end.

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  13. Wally, Mai lhe dedicou um livro. A sociedade recifense anseia o lançamento. Para quando está previsto o projeto?

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  14. eu só digo uma coisa: VALEU, ANDRÉ! sério mesmo, por todo o esforço e empenho em fazer esse blog (e a copa, porque não?) se movimentar! abraço!

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  15. Tio Francis é muito grato, André! Mas sei que isso é tudo charme. Pode dizer que para o bem geral, você fica.

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  16. Discordo de Júlia na citação marvelina. Aqui não há poder e, por isso, não há responsabilidade. Quem cria a responsabilidade são vocês. Eu nunca tive responsabilidade com essa Copa e, todos sabem, já ajudei um bocado a manter o espírito. Pra mim, é, sim, uma das coisas que mais me alegro de ter tido até agora. Poder tem quem tem a senha do blog, que qualquer um dá pra quem pedir.
    Resgato as palavras de Lelis em outro post e peço para, por favor, pararem de forçar tanto a barra. Não me entendam mal, mas acho que o ego está mesmo atrapalhando tudo aqui. E agora, o ego tirou da gente André, que pra mim era a verdadeira muralha dessa Copa. Conheço o menino há pouco tempo, mas nunca imaginei que o veria assim.
    Como forma de "protesto" por essa decisão, abdico eu de posts nesse blog, anônimos (acreditem, já passei dos 64... 150... 2.000) ou não.

    Para a Copa, desejo melhoras e rezo, triste como estou, todos os dias para o bem dessa "nação". É como se eu estivesse vendo um avô meu, doente, numa cama de hospital. Mas sei que ele vai sair dessa.

    Abraços,
    Diogo.

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  17. Mai, Júlia, Aaron, Laura, Wagner, muito obrigado pelas palavras de carinho. Fico gratíssimo.
    Alex, o livro será lançado em setembro pela Cepe, editora da revista para qual eu e Mai trabalhamos.
    Mais novos chiliquentos nesta copa de chiliquentos, façam o favor de produzir e parar de nhénhénhém (apenas um sinônimo de mimimi). E se for merda, eu mando tomar no cu logo na cara, e sem ser anonimamente, que eu não tô aqui pra frescura. Agora não tem desculpa. Façam o melhor.

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  18. Valeu também, Dio. Mas você não deve se abdicar de fazer o que faz aqui. Acho que outras pessoas têm que assumir a responsabilidade da escrita no blog mesmo, e é por isso que eu saí. Não é ressentimento, nem nada. Tô tentando fazer uma respiração boca à boca nessa copa; no blog, pelo menos.
    Em defesa de nós, da chamada "cúpula" (um termo que sempre foi de brincadeira e cujo sentido irônico deve ter ficado em algum lugar no meio do caminho), a gente representa aqui quem a gente conhece; a "egolatria" é sem querer. Não sabemos quem são todas as pessoas, é impossível. Nas minhas resenhas, tentei citar muita gente diferente, que eu até não conhecia, mas é ilusão pensar que todo mundo ganhará o mesmo espaço, principalmente se for apenas uma pessoa escrevendo a maioria dos textos.
    Estou me retirando não porque eu não goste mais de escrever para a copa, mas para desintimidar os que têm vontade de escrever aqui, porém se sentem esmagados por uma hegemonia não intencional dos mais velhos.

    É isso.

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  19. a citação foi uma brincadeira, dio. como tudo, pra mim, nessa copa :) a cpf é uma responsabilidade deliciosa que eu tenho op prazer de ter todo ano. nao no sentido de responsabilidade chata. eu tenho repsonsabilizade de aparecer todo sabado, onde quer quer o campo seja, pra ser mais feliz :D
    tá bom de mimi
    bjs

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  20. Ando meio sentimental com a CPF desde que os estagiários da Federal que trabalham comigo começaram a falar da décima edição. E a história chegou a mim quase por acaso, quando falavam que precisavam fazer uma edição à altura da data comemorativa. Vocês não imaginam o orgulho que deu chegar lá no clube sábado e ver o quanto outras pessoas estão se empenhando para levar à frente este evento que é feito por nós e para nós. Devo confessar ainda que fiquei um pouco enciumado em ver este envolvimento da "nova geração". Eu pude me rever na expectativa de quem chegava, na galera da organização contando o dinheiro e calculando quanto faltava ainda para pagar o campo, na preocupação com a caixa de som que infelizmente não funcionou (faz parte). Acho que acontece ou vai acontecer com todos aqueles que fazem ou fizeram a CPF quando perceberem que outros estão levando tão a sério a brincadeira. Eu me identifiquei profundamente com as palavras de André. Gostaria de, através da despedida dele, fazer uma homanagem aqueles que nunca entraram em campo para disputar a CPF, mas a amou de maneira tão incondicional a ponto de abdicar das poucas horas de descanso para ajudar na organização. Este é o espírito da CPF. Inexplicável, só sei que é bom demais.

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  21. Bom, de minha parte, que tenho estado como nunca na organização da Copa, e me estressado como poucos com a divisão de responsabilidades (que, Dio, há, sim), digo que, objetivamente, a CPF 2012 está um sucesso. Eu acho que os dramas e amarguras tão nascendo, quase sempre, de autogênese e falta de "capacidade ignorativa".

    Nunca houve tanta participação das equipes. Nunca houve tantas meninas (talvez mais presentes que os homens, este ano) gritando, na beira ou dentro do campo. A festa, ainda que eu estranhe, por não ver tantos dos rostos com os quais eu estava acostumado, foi um sucesso, cheia de gente e rolando até de manhã, como tem de ser. A quantidade de posts tá crescendo exponencialmente no blog, de autorias diversas. Os veteranos estão felizes, participando, entrando no espírito, em feito inédito que tá sendo realizado à perfeição. A Arena Francis 2012, apesar do amadorismo de sua gestão, que rendeu estresses a mim e André, principalmente, dos quais a maioria nem sabe, tem uma infraestrutura ótima. A melhor, na verdade, que já houve na Copa. Os times conseguiram, todos, aumentar em um jogador sua escalação, sem ausências. A narração virá, todos estão trabalhando pra isso, e vai trazer de volta o clima, o humor e a atenção nos jogos de outras equipes. O ibope do blog está nas alturas, o que pode ser constatado com uma visita pelo perfil da copa. Os calouros foram arrebatados de primeira, têm uniforme, estão se mobilizando pras festas, e ansiosos pela próxima rodada. Times como o DPC, que sofriam com problemas de falta de jogadores e eventuais W.O., estão no "auge", com reforços e desempenho melhorado, sempre dispostos a ajudar. E, acima de tudo, poucas vezes vi tanta gente presente em uma primeira rodada de CPF, bebendo, gritando e jogando.

    É isso. Eu estou estressado com a organização, me toma um tempo imenso, mas nunca tive qualquer ilusão de que não seria assim. A maior parte das frustrações que venho notando me parecem ter origem em causas externas e simples quebras de expectativas.

    Tá tudo dando certo. Se é pra participar do blog, naturalmente, só o façam enquanto houver prazer, e acho que há muito, ainda.

    Espero de todos uma postura positiva e leve, que sábado tem mais.

    PS: apesar de achar que nós todos já somos grandinhos e calejados na CPF pra nos estressarmos com isso, vou puxar pra mim a responsabilidade e banir os posts anônimos. Então, as oposições que houver a essa medida, vocês já sabem a quem direcionar.

    Com todo prazer por estar aqui,

    Daniel Ferrugem
    Vice-Presidente Copa Paulo Francis 2012.

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  22. Daniel, não creio que banir os anônimos seja uma boa solução. Dio, sério que tás falando de ego? Alex, bora nessa ganhar uma graninha! André, tô ligada que você saiu pra cuidar de sua carreira internacional, mas vou ficar na minha.

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  23. Já estamos assim, é? Danou-se... Enfim, definitiva ou não, sua decisão, Wally, é muito relevante pra toda comunidade CPF. Como bem disse, 150 posts não é para qualquer um, teu compromisso nos fará falta, de verdade.
    E parabéns pela decisão, Daniel, sempre fui contra o anonimato nos comentários, sempre expus minha opinião quanto a isso.
    Enfim, vamos curtir e até a próxima rodada. ;)

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  24. Aff. cabei de descobrir dos anonimos e to mei desapontada.
    Se essa postura tivesse dado certo, nunca teriam tentado colocar de volta os anonimos in the first place.
    enfim..

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  25. Daniel, dou todo o apoio à sua decisão.

    Explico o porquê.

    Lembro-me bem do dia em que, como presidente desta bagaça, apoiado pelo então vice-presidente Luiz Felipe, bani os anônimos em 2010. A situação estava fora do controle. O problema não era o fato de haver críticas. Ninguém aqui é criança mimada que não pode ser criticado.

    O que estava em questão era o desrespeito e a covardia sem tamanho e sem explicação vistas nos supostos comentários engraçadinhos. Será que o suposto, repito, humor valia a pena ao estar causando tanta discórdia. Não estaríamos perdendo, naquele momento, o prumo da Copa? A CPF é um evento para agregar ou desagregar?

    Lembro também que depois, por conta de muita pressão e reclamação, tive que ceder à vontade supostamente popular e reabrir os comentários anônimos. Os ânimos já estavam mais calmos e entendi, com a tal "autoridade" e responsabilidade que carregava, que voltar atrás seria mais benéfico naquele momento. Não fazê-lo daria razão aos que estavam me chamando, na brincadeira ou não, anonimamente ou não, de Mussolini, de ditador. Nunca me chateei com o apelido (tanto é que o incorporei à minha assinatura na CPF), mas comecei a perceber que aquilo poderia sair de controle.

    Era tudo uma grande bravata. Por pouco não virou guerra, o que seria uma pena e desvirtuaria todo o propósito desta copa.

    Espero realmente que com a retomada desta medida, Daniel, os ânimos se acalmem e tudo volte ao normal. Pelo que estou acompanhando de longe, concordo com você que a CPF 2012 está sendo um sucesso. E fico muito feliz com isso. Como bem lembrou a Rainha, problemas, broncas, tretas, picuinhas, sempre existiram.

    Acabo esse comentário com um pensamento totalmente excelente e original:

    "Atiram-me pedras? Guardo todas. Depois vendo-as e compro o Castelinho de Boa Viagem para sediar todas as festas da Paulo Francis".

    Abraços,
    "Gustavo" Paredão de Taipa Mussolini "Maia"

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  26. Então, como eu havia dito na outra ocasião em que decisão semelhante foi tomada: "acho o anonimato uma coisa linda, mas se não sabem usá-lo, que assim seja". De minha parte, costumo ignorar ofensas sem cara e focar nas (cada vez mais raras) piadas. Entendo, porém, que a cúpula se chateie - e vejo que isso ocorre já que o Paulo vez ou outra responde aos anônimos.

    Nesse caso específico, contudo, acho que o mal estar foi decorrente de coisas bem maiores que alfinetadas anônimas. E, deixando de lado o que acredito para observar os comentários de pessoas que mostraram o rosto, parece que boa parte desses anônimos foram bem endossados. Talvez, então, nessas manifestações existam fundamentos e mais do que ficarmos chateados com elas, deveríamos avaliá-las.

    De modo que não acho uma boa solução vetar o anonimato por dois motivos principais: 1) Vai na contramão das críticas, já que notoriamente diminui a participação da galera menos habituada a escrever por aqui. 2) Pode ser apenas um paliativo para essa coisa da insatisfação, no lugar de tentar diminuí-la. Sem falar naquele princípio de blog aberto que tanto foi discutido em outros tempos.

    Mas, enfim, façamos a experiência. Eu ainda acho que tudo está sendo muito dramatizado por todas as partes. A galera da cúpula deveria relaxar e continuar fazendo o ótimo trabalho que vem sendo feito. Os demais deveriam reconhecer tudo isso e largar o despeito infundado. Eu deveria escrever menos. Olha meu ego, Diogo! Tinha que terminar falando de mim!

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  27. confesso, e acho que as pessoas perceberam, que assim como andré - inclusive conversamos sobre isso no sábado - tenha andado meio triste com algumas coisas. concordo que a trsiteza vem em grande parte da quebra das expectativas, sempre guardei grandiosas expectativas da CPF, e realmente ver alguns princípios que me conquistaram aqui na copa sendo dissolvidos, bate uma trsiteza. eu brinco, tento transformar essa dor em riso, e vamos conseguindo. porque realmente a copa está acontecendo, e está maior do que nunca esteve. mas eu já não me sinto presidente. explico. não que um dia tenha me sentido como um, que delega e manda nas coisas, mas quando assumi esse cargo, senti das pessoas uma confiança em mim principalmente por ter conseguido entender e incorporar o espírito que a cpf carrega, só por isso. hoje já não sei se esse meu espírito condiz com que os outros sentem. queria muito poder fazer todas as coisas que eu tanto imaginei pra copa. pra NOSSA copa.

    foi mal o desabafo fora de hora,

    Rafael Magal

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  28. Nossa, mal começou e a crise já foi instaurada! kkkkkkkk

    Lindo texto, Misalongas! E os de Mai ainda mais!

    Meto-me aqui como criador desse brog.

    Lembro de um final de jogo em 2010 quando fumavámos um charu junto com Magal, Rossêf, acho que Afonso tava no meio.

    Ali fazia nossa despedida e senti firmeza que essa dupla do RUN ( Vocẽ e Magal)iam tocar o barco com força.

    O tempo é rei. O novo sempre vém.
    A barriga cresce e os pequenos saem da casca. Iai é que chega a parte boa. Colher os frutos e cuspir o caroço.

    Por fim, (re)lanço a campanha: Anônimos sim!

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  29. fifa!!! seu lindo! sempre falando tudo que precisa, em palavras tão bem escolhidas. preciso aprender! é isso aí! também sinto muita firmeza nessa gestão da cpf e no novo que chegou! :***

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  30. Não li tudo, mas que a força esteja conosco. Com a CPF e CPP ela já está.

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