Festa animada com gente esquisita

Bem pessoal, é com muita felicidade que nós, jornalistas-peladeiros-biriteiros, finalizamos a 4ª rodada da Copa Paulo Francis com mais uma festa estrondosa, feliz e repleta de diversão. 4 rodadas e 4 super festas divertidas com direito a biritados assistindo ao amanhecer em 3 delas.

Entretanto, a Ouvidoria da Secretaria de Eventos Especiais da CPF recebeu muitas sugestões/reclamações no dia de ontem que não são, de forma alguma, desprovidas de razão. Muito pelo contrário, fazem bastante sentido. Baseada nessas sugestões/reclamações, a Secretaria de Eventos resolveu postar esse texto prezando pelo bem-estar geral da Copa.

Antes de tudo é importante frisar que a Copa Paulo Francis e seus conseqüentes eventos tem como principal objetivo integrar, de forma descontraída, todos os estudantes de jornalismo da UFPE. Não é à toa que a expressão que talvez mais defina o evento seja “brodagem”. Afinal é se valendo da “brodagem” que as pessoas cedem os espaços nos prédios, emprestam equipamentos de som de alta qualidade, carregam e montam tais equipamentos, dividem o freezer da cerveja, saem para comprar mais cerveja para todos, recolhem todo o lixo da festa no final, etc. E porque toda essa “brodagem”? Simplesmente porque adoramos nos divertir juntos. As festas são feitas acima de tudo, para que nós, que compomos a família da Copa Paulo Francis, possamos nos divertir muito (desculpem se estou sendo repetitivo). Sei que o clima é contagiante e que temos vontade de que outros amigos nossos conheçam a Copa, compareçam a festa e se divirtam também. Mas é aí que chegamos num ponto delicado e crucial que só pode ser controlado com uma ferramenta: o bom senso.

O que aconteceu nessa última festa e gerou alguns comentários foi o fato de termos tido a presença de muitos desconhecidos no evento. Um número muito alto, que talvez tenha até superado a quantidade de estudantes de jornalismo da UFPE. Pessoas que são amigos de amigos e que nem sequer sabem qual o sentido ou objetivo daquela confraternização. Não estamos dizendo que são pessoas chatas, inconvenientes ou qualquer coisa do tipo. Mas são pessoas as quais fazem parte de um ciclo de amizades diferente, que chegam na festa com outros amigos, formam uma rodinha sem fazer questão de se integrar em momento algum, bebem as nossas cervejas, não colaboram para a cotinha, e não tem nenhuma satisfação para dar à dona do prédio ou ao dono do som caso façam alguma besteira (pois sairiam de fininho, já que ali possuem mais conhecidos do que amigos). Por diversas vezes, o elevador se abria e de dentro do mesmo surgia um grupo de 4 a 5 pessoas sem birita nenhuma e com uma cara de que não faziam muita idéia do que era aquela festa e aquelas pessoas. Uma cara típica de quem está entrando numa boate.

É óbvio que brothers, agregados e cônjuges são bem vindos. Não é a toa que queremos realizar o jogo dos agregados no último dia, afinal tem uma porrada de gente que apesar de não fazer parte do curso fazem mais do que parte da família Paulo Francis (como Davi de Julia Arraes, Luiz Paulo de Débora Duque, Vinicius técnico do PDF, o irmão de André Wally, entre tantos outros que se fazem presentes na arena e nas festas, e assimilam a filosofia da CPF).

A Secretaria de Eventos não quer jamais que esse texto soe como uma tempestade num copo d’água, como uma supervalorização da CPF, tratando a copa como se fosse um “evento que todo mundo faz questão de ir, e por isso estão barrando as pessoas”. Longe disso. Temos plena consciência de que as festinhas da CPF não são nada mais do que uma confraternização entre amigos. Mas como fazer pra que essa festa não vire bagaceira e ao mesmo tempo não deixe de ser festa? Simples: confiar no bom senso da gente, os estudantes do curso, os verdadeiros donos da copa.

 

Eduardo Cazuza

Secretário de Eventos Especiais da Copa Paulo Francis