RYU 1 x 0 RUN

Tática ou raça? Qual desses leva um time à vitória? Na Copa Paulo Francis, não há essa dúvida. São os dois. A combinação de um time "taticamente impecável" e que se move à base de raça é o caminho para se ganhar no torneio. E nesta edição, a comunidade PF teve o prazer de admirar o jogo entre RYU e RUN. A princípio, vitória praticamente impossível para os cinzas. Com cinco minutos de jogo, quebrou-se essa barreira tão frágil na CPF mais uma vez, o RYU estava avassalador.

A revelação Pedro Ken(?) anulou Donida com marcação implacável

Taticamente, a equipe entendeu a premissa para se ganhar na CPF. Dois lá atrás, um fixo e um mais ousado, um no meio e um no ataque, revezando-se; e um goleiro inspirado ou bom mesmo. Some-se a isso um paradoxal misto de raça e frieza, e temos o tal "taticamente impecável" time. Davi se inspirou, pegou os chutes que chegavam à sua baliza, Pedro e Peterson impediram a maior parte dos outros chutes e tiveram a ajuda de Daniel nas roubadas de bola. No ataque, Rafael mostrou que R9 não tinha morrido. Os dribles desconcertantes e passes precisos que fez com sua Pata de Elefante foram responsáveis pela maioria dos ataques do RYU, assim como pelo gol, que veio do banco. Mais uma vez, do velocista Aaron, artilheiro dos cinzas até agora.


O cotado craque da CPF2010 Donida não teve chances contra a marcação implacável do RYU

E Donida? O que se diz por aí é que na sexta-feira antes do jogo, Donida ingeriu proporções exorbitantes de loló, prejudicando o rendimento da equipe. Isso até o segundo tempo, quando o craque pareceu voltar a si, e começou a jogar... bom, pelo menos tentou. A linha de três que se formava à sua frente bem na hora em que pegava na bola era mais difícil que se transpor do que a barreira nas quase 456 faltas que o artilheiro bateu. O máximo que conseguiu foi uma bola na trave. O resto do time dos laranjas não parecia saber o que fazer, e Terni decidiu fazer merda. Expulso após uma rasteira em Ferrugem, deu ao RYU a oportunidade de ganhar fôlego e segurar a vitória até o fim. Presente para a empolgada torcida das Chun Lis, que não parou de dar energia ao time, com direito a bola de festa, pintura de guerra e instrumentos irritantes sonoros.

A vitória do RYU tirou os RUNners do topo da tabela e garantiu a volta dos calouros à lanterna (após sofrerem goleada de 4x0 para o BAU). Os cinzas comemoraram como a uma final, e só o que se ouvia na arquibancada (de calouros a veteranos) era: "Esse é, sem dúvidas, o melhor jogo que já vi na CPF." Às equipes, parabéns pelo jogo. Ao RYU, taí o presente que os deuses da CPF dão por serem o time mais brother em atuação na Copa.