Vai decolar

Dia 6 de junho: Grande Final da Copa Paulo Francis 2009. De lá para cá, passaram-se 328 dias. Foi um período de intensa expectativa e preparação, visando fazer da oitava CPF a melhor edição de todos os tempos. Só em 2010, o blog, este ano um sucesso absoluto de público e crítica, já recebeu mais de 17 mil visitas. Tudo isso antes do início do torneio, imaginem só! A competente e empolgada equipe do blog produziu 60 posts de fevereiro para cá, recebendo, até o momento em que escrevo estas palavras, um total de 196 comentários. Vídeos especialmente produzidos para a CPF, já foram 14. A repercussão na mídia vem rendendo ótimos frutos.

Não. Não é assim, de forma tão burocrática, que se deve começar um texto sobre a Paulo Francis. De novo.

Pensar na Copa Paulo Francis como um simples torneio esportivo entre colegas de faculdade é um equívoco quase que imperdoável. Não raro, ouço comentários levianos acerca do torneio. No frigir dos ovos, a mensagem é sempre a mesma: "vocês dão importância demais a essa copa". O que nos leva a idolatrar tanto um campeonato, perder noites de sono planejando-o, gastar rios de dinheiro em uniformes, aluguel de campo, de espaços para festas, etc.? Furtando-me do risco de chover no molhado, reproduzirei a seguir uma felicíssima definição, forjada ao fim da CPF 2009 pelo grande amigo e companheiro de PDF, Eduardo Cazuza Rios:

Alguns queriam se vingar do jogo perdido na semana retrasada ou no ano passado, outros queriam fazer o primeiro gol de sua vida, outros queriam tirar fotos, outros queriam beber, outros queriam rir, e outros – claro que nas entrelinhas de cada qual – queriam cruzar olhares com alguém especial (ou com alguém que estava começando a se tornar especial). A Paulo Francis é isso. Ela mexe com aquilo que temos de mais humano: o sentimento.

Na festa da final do ano passado (vencida por minha equipe, da qual muito me orgulho de fazer parte), tive uma grande alegria. Fui escolhido por votação popular o Cara Paulo Francis. No discurso de agradecimento, brinquei que só havia me mudado de Salvador para o Recife, em 2007, para participar da CPF. Na hora, a declaração pareceu exagerada e descabida, mas hoje consigo identificar um fundo de verdade naquela frase.

E o futebol, eu que ainda não havia usado o substantivo nesse texto, seria apenas um pretexto? De modo algum. Assim como a CPF, o futebol desperta paixões de forma inexplicável e com intensidade assustadora. Como copiar o bom é melhor que inventar o ruim, cito o grande mestre Armando Nogueira, que disse: "o futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela".

Sou um apaixonado por futebol e por esta Copa. O apreço é tão grande que, no ano passado, aceitei a grande responsabilidade de ocupar a vice-presidência do torneio. Um ano depois, presidente. O que esse cargo significa se não fazer das tripas coração para melhorar as condições de toda a nação CPF!? Foi isso o que tentei fazer nos últimos meses e é isso que, reafirmo hoje, tentarei fazer durante os próximos seis sábados.

E é dentro de campo, às 17h de hoje, que vai começar mais uma temporada de grandes jogos e cenas inesquecíveis, culminando com a entrada de mais um time (ou do mesmo, quem sabe?) no rol dos grandes campeões da CPF.

O "Boeing" vai decolar pela oitava vez.
Tenho muita honra de ser piloto e passageiro desta viagem.
Bom voo para todos,
que "/[<br /><br /><br />
Gustavo Maia
Presidente da Copa Paulo Francis 2010